A falta de insumos essenciais para garantir a cobertura vacinal plena tem sido enfrentada por seis em cada dez municípios, de acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM). O órgão cobra providências do governo federal para sanar a falta de vacinas nas cidades brasileiras. Em ofício enviado ao Ministério da Saúde nesta semana, o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, reforçou a preocupação com o cenário e solicitou providências para o “imediato restabelecimento da normalidade no abastecimento das vacinas em todo o país”.

No Ceará, cerca de 78,7% das cidades foram afetadas pelo desabastecimento de doses. Ao todo, 8 a cada 10 municípios entrevistados (78,7%) citaram ausência de vacinas como influenza, hepatite B, dengue e pneumocócica.

No documento, a CNM destaca os resultados de pesquisa que evidenciou a falta de vacinas em 1.563 Municípios, 64,7% do total de 2.415 que participaram do levantamento. A entidade municipalista também mostrou preocupação com a proteção das crianças brasileiras, uma vez que são as principais afetadas, de acordo com as vacinas em falta.

Além disso, a Confederação ressalta ao Ministério, no ofício, que há imunizantes em falta há mais de 30 dias e outros há mais de 90 dias. Vale lembrar que cabe à pasta a responsabilidade de comprar e distribuir as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação.

Pesquisa CNM
Produzido de 2 a 11 de setembro, o levantamento aponta que o imunizante Varicela, utilizada para fazer o reforço das crianças de 4 anos contra a catapora, não consta nos estoques de 1.210 Municípios. Em seguida, registra-se a ausência da vacina contra a Covid-19 para crianças e a vacina Meningocócica C, que protege da meningite.

O Ministério da Saúde é o responsável por fazer a aquisição e a distribuição de todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação para os Municípios, e os Estados de proverem seringas e agulhas para os Municípios realizarem a vacinação na população.