Moradores de Fortaleza (CE) têm acionado a Defensoria Pública do estado a fim de buscar apoio jurídico após terem sido expulsos de suas residências por pessoas supostamente ligadas a facções criminosas. De acordo com a Defensoria, entre novembro de 2017 e junho de 2018, 133 famílias relataram esse problema, o que representa uma média de 532 pessoas afetadas no período.
Segundo assessores da Defensoria Pública, a maior parte das vítimas buscou no Núcleo de Habitação e Moradia da Defensoria Pública informações sobre o que fazer nessa situação. Como houve uma recente mudança na equipe de defensores que está cuidando do caso, as famílias ainda estão aguardando a definição dos procedimentos judiciais a serem adotados.
A Defensoria já identificou que algumas das vítimas moram em conjuntos habitacionais financiados pela Caixa, o que levou o banco a publicar uma resolução na qual apresenta situações nas quais o contrato pode ser cancelado. De acordo assessores da Defensoria, entre as situações previstas para o cancelamento está a ocorrência de ameaças para que se deixe o imóvel.
A Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, a fim de obter mais informações sobre o caso. No entanto, até o fechamento da matéria, nenhum retorno foi dado.
AGÊNCIA BRASIL