O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, expõe otimismo nos entendimentos com o Ministério da Fazenda e prevê que, até sexta-feira (24), chegue ao fim o impasse para liberação de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS.
A linha de crédito foi suspensa após o Conselho Nacional de Previdência Social, por recomendação do Ministro Carlos Lupi, reduzir a taxa de juros para 1,70%. Antes, a taxa era de 2,14%. O Ministro da Casa Civil, Rui Costa, admite que o percentual deve ficar abaixo dos 2%.
“A negociação continua até sexta-feira. Nós temos a expectativa de fechar o patamar atual. Vamos fechar até sexta feira. Então, nós estamos discutindo os conceitos como os últimos princípios. Temos de atender uma norma do Banco Central que prevê que toda operação de crédito consignado tem de ter rentabilidade positiva, portanto, tem de ter viabilidade econômica”, afirmou Sidney, em conversa com jornalistas.
SUSPENSÃO
O presidente da Febraban contou que foi chamado para uma conversa no Ministério da Fazenda e teve duas reuniões. Uma de manhã e outra à tarde e há uma terceira prevista para sexta-feira. O dirigente da entidade criticou a mudança na taxa de juros para o consignado determinado pelo governo sem aviso prévio.
“O patamar de 1,7% ao mês não suporta os custos, a estrutura de custo, inclusive dos bancos públicos, que pararam a concessão. E nós estamos, portanto, com a concessão do consignado do INSS suspensa e estamos buscando resolver esse impasse”, disse o representantes dos bancos.
A suspensão dos empréstimos consignados foi adotada por bancos privados e públicos, como CEF e Banco do Brasil. Apenas a Caixa retomará os empréstimos se a taxa for fixada em 1,81%. Os bancos privados pedem 1,9% ao mês, no máximo, e decidiram um meio termo entre 1,9% e 2%, de acordo com fontes do governo.
“A Febraban está aqui exatamente para poder contribuir com essa discussão e, até sexta-feira, nós temos um patamar de compreensão completa, mas atual”, acrescentou o presidente da Febraban, ao lembrar que os bancos públicos também interromperam a concessão de consignado.
Segundo ele, Banco do Brasil e Caixa interromperam a linha de crédito porque não conseguem trabalhar com a taxa de juros de ativos que vai estar abaixo de 2%”.