A decisão do empresário Elon Musk em fechar o escritório do ‘X’, antigo Twitter, no Brasil, gera inquietação entre os usuários da rede, mas, deixa, também, incerteza sobre o descontrole de conteúdos que podem circular na plataforma, como fake News, durante a campanha das eleições municipais.
Sem escritório, nem representante no Brasil para receber notificações do Judiciário, a retirada de fake News pode ser ainda mais lenta, gerando, assim, prejuízos à imagem de quem é alvo das mentiras e ataques.
Segundo a advogada Larissa Pigão, especialista em Direito Digital e na Lei Geral de Proteção de Dados, a inexistência de um escritório no Brasil torna a relação da Justiça com a empresa de Elon Musk ainda mais complexa. A advogada afirma que, se não há escritório no país, o acesso do Judiciário à empresa fica comprometido, o que enfraquece a fiscalização e a aplicação das normativas e da legislação brasileira.
O repórter Carlos Alberto relata, no Jornal Alerta Geral, que a advogada destaca, também, que, mesmo fora do Brasil, o X continuará submetido à legislação brasileira, mas obrigá-lo a cumpri-la será mais difícil, seja por dificuldades de comunicação, seja pela morosidade característica do sistema judiciário internacional.