Em maio, o Auxílio Brasil, programa social que substituiu o Bolsa Familia, registrou uma fila de espera pelo benefício de 764.798 famílias, segundo dados obtidos pelo Jornal Folha de São Paulo. Criado para ser um trunfo eleitoral do presidente Jair Bolsonaro em sua recandidatura ao Palácio do Planalto em 2022, o novo programa ainda tem benefícios que não foram regulamentados. Atualmente, aproximadamente 18,1 milhões de famílias recebem os recursos do programa. Até esta publicação, o Ministério da Cidadania não havia respondido quantas, destas famílias, são do Ceará.

No entendimento do governo, a ampliação promovida pelo Auxílio Brasil atende a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de pagamento de um benefício como renda mínima para a população que se encontra em situação de extrema pobreza.

As linhas de pobreza no país são definidas com base na legislação do programa de transferência de renda – antes, seguiam as linhas de elegibilidade do Bolsa Família e agora as do Auxílio Brasil. De acordo com o programa, as famílias em situação de extrema pobreza têm renda familiar per capita de até R$ 105 mensais. Já as famílias em situação de pobreza têm renda familiar mensal per capita entre R$ 105,01 e R$ 210.

Segundo o Ministério da Cidadania, a implantação do Auxílio Brasil zerou a fila de espera por benefícios da transferência de renda. Em novembro de 2021, o programa apenas absorveu os beneficiários do Bolsa Família, que somavam 14,5 milhões de famílias.

Em janeiro de 2022, o número de beneficiários chegou ao patamar de 17 milhões e tem subido desde então. Dados repassados pela Cidadania mostram que até fevereiro deste ano não havia fila de espera pelo benefício.

Em abril, a quantidade de famílias que atendiam aos critérios do Auxílio Brasil, mas não recebiam o benefício, passou para 397.856. Já em maio, a quantidade de famílias esperando quase duplicou, chegando a 764.798. O total de beneficiários do Auxílio Brasil em maio foi de 18.119.192 famílias.