A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) receberá nesta terça-feira (23) uma nova remessa de 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford produzidas pelo Instituto Serum, da Índia. O lote seguirá para Bio-Manguinhos para passar por conferência de temperatura e integridade da carga, ser etiquetado com informações em português e ter amostras encaminhadas para análise de protocolo e liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz). O processo acontecerá ao longo do dia e a previsão é de que a remessa esteja pronta para ser distribuída na madrugada de amanhã.
Tanto a Fiocruz quanto o Ministéiro da Saúde ressaltaram que a importação de doses prontas da vacina é uma estratégia paralela à produção de imunizantes a partir da chegada do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), para acelerar o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19. A pasta informou ainda que, neste sábado (27), o país receberá dois lotes de IFA que serão suficientes para a fundação produzir cerca de 12 milhões de doses da vacina de Oxford.
Também a partir de hoje, o Instituto Butantan (SP) começará a liberar para o Plano Nacional de Imunização (PNI) 426 mil doses por dia da CoronaVac. Ao todo, serão oito entregas diárias que, até 2 de março, somarão 3,4 milhões de vacinas.
A entrega faz parte do contrato firmado pelo instituto com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 46 milhões de doses — mais 32,8 milhões devem ficar prontas até abril. O governo paulista, responsável pelo Butantan, afirma já ter reservado o insumo para a fabricação dos imunizantes. Outro contrato prevê, até o fim do ano, a venda de 54 milhões de vacinas da parceria entre o Butantan e o laboratório chinês Sinovac. Por enquanto, as vacinas dependem do insumo vindo da China. Mas está prevista para outubro a inauguração da fábrica que permitirá que todo o processo seja feito no Brasil.