No dia 12 deste mês foi celebrado o Dia Nacional de Arritmia Cardíaca e Morte Súbita. Esse descompasso na batida do coração em ritmo mais lento (bradicardia) ou mais rápido (taquicardia) atinge mais de 20 milhões de brasileiros e pode levar à morte súbita. De acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, cerca de 300 mil casos de morte súbita ocorrem anualmente. As arritmias acometem, principalmente, pessoas que têm problemas estruturais no coração e histórico familiar de cardiopatias. Os sintomas mais comuns são palpitações, desmaios e tonturas.
– Em alguns casos, o paciente pode ter fraqueza, falta de ar, dor no peito, pressão baixa e apresentar confusão mental. Mas é importante ressaltar que muitas vezes as arritmias não provocam qualquer sintoma – alerta Cláudio Munhoz, chefe do serviço de Arritmia Cardíaca do Hospital São Vicente de Paulo, na Tijuca.. – Portanto, o melhor é fazer o check-up anualmente. – pontua ele.
O médico diz que as arritmias favorecem a formação de coágulos que podem migrar para os pulmões ou para o cérebro, provocando embolia ou AVC. Ele explica que o tipo mais comum de arritmia cardíaca é a fibrilação atrial, que se manifesta mais comumente em pessoas idosas.
– Pacientes que têm fibrilação atrial não podem tomar anticoagulantes, sendo a oclusão do apêndice atrial esquerdo do coração um poderoso aliado contra o risco de AVC – comenta Munhoz.
O especialista afirma ainda que “as arritmias devem ser avaliadas por um especialista, que irá definir o melhor tratamento para cada caso: terapia medicamentosa, ablação e implantes de marca-passo ou de desfibrilador interno”.
Para prevenir o problema, a dica é ter hábitos saudáveis: alimentação balanceada com baixa gordura e rica em verduras, legumes e frutas; evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de energéticos, não fumar, praticar exercícios e consultar um especialista regularmente, para a realização de exames preventivos.
(*)com informação do Jornal Extra