A Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) deu continuidade, neste fim de semana, à intensificação da Operação Lei Seca no período da madrugada em ruas e avenidas da cidade. A fiscalização preventiva, desenvolvida com o apoio da Guarda Municipal de Fortaleza (GMF) e Polícia Rodoviária Estadual (PRE), resultou na autuação de 15% dos condutores abordados por recusa ao teste do etilômetro.

Nas madrugadas de sexta para o sábado e de sábado para o domingo, 173 condutores foram abordados. Destes, 27 se recusaram a fazer o teste, que gera suspeita da combinação de risco de dirigir sob efeito de bebidas alcoólicas. As blitze foram realizadas no formato itinerante de modo a sensibilizar um maior número de motoristas durante as operações. Durante todos os turnos do fim de semana, foram realizadas 568 abordagens e 39 autuações por recusa.

“Seguimos vigilantes para coibir o comportamento de risco de condutores que insistem combinar a direção e o consumo de bebidas alcoólicas. A nossa atuação pode acontecer a qualquer instante, do começo do dia até a madrugada, e, portanto, possuem caráter educativo. Se contribuímos para a mudança de comportamento dos motoristas em respeitar as regras de circulação, conseguimos reduzir o risco e ocorrência de acidentes com severidade e até mortes”, destaca Wellington Cartaxo, gerente de Operação e Fiscalização da AMC.

Legislação

No Brasil, a tolerância de álcool é zero. Conduzir veículo automotor sob influência dessa substância é uma infração de natureza gravíssima X 10, multa no valor de R$ 2.934,70. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê que o condutor que recusar o teste sofre a mesma penalidade, já que a conduta gera suspeita da combinação de beber e dirigir.

Se a concentração for igual ou superior a 0,30 miligramas de álcool por litro de ar alveolar ou o motorista tenha sinais que indiquem alteração de capacidade psicomotora, além de serem aplicadas as mesmas sanções, o mesmo será encaminhado à autoridade policial que adotará as medidas legais.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um condutor que desrespeita a lei com um copo de cerveja tem três vezes mais chance de morrer em um sinistro do que um motorista sóbrio. O álcool torna os reflexos mais lentos, diminui a vigilância e reduz a capacidade visual, o que contribui para acidentes com alto índice de severidade.