O mês de setembro foi o que registrou menos mortes no trânsito de Fortaleza desde o início da série histórica, em 2001. Segundo levantamento da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), dez óbitos foram contabilizados no mês passado, o que representa uma redução de 60%. Cerca de 25 pessoas perderam a vida, em média, nos meses de setembro nos últimos 20 anos. Além disso, setembro consolida como o mês com menos vítimas registradas em vias da Capital este ano.

O resultado positivo é reflexo de ações implementadas pela Autarquia para garantir maior segurança viária, tendo como base o constante monitoramento de dados de sinistros na Capital.

“Com base na análise dos dados, focamos desde o mês de julho em ações voltadas para aquele público que mais se envolve em sinistros e, consequentemente, são os mais lesionados e perdem a vida, os motociclistas”, aponta a superintendente da AMC, Juliana Coelho.

Segundo os dados, os condutores de motocicletas foram metade das mortes (cinco) nas vias da capital no mês de setembro. Os outros sinistros envolveram pedestres (três) e ocupantes de carro (dois). A redução de mortes é registrada justamente no mês que costuma ser o mais violento no trânsito da capital. Além disso, ocorre em meio a retomada do fluxo de veículos na cidade. As ações focadas na educação no trânsito, fiscalização preventiva e expansão das vias com velocidade de 50 km/h têm repercutido positivamente nas estatísticas.

Há três meses, a AMC tem ofertado gratuitamente o curso de pilotagem segura aos motociclistas. A formação tem como objetivo desenvolver habilidades na condução do veículo para enfrentar qualquer situação no trânsito e estimular um comportamento mais seguro para que não se envolvam em sinistros.

Além disso, a fiscalização nas ruas foi intensificada. Realizada em parceria com a Guarda Municipal de Fortaleza e a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), a operação Saturação pela Vida realizou 21.057 abordagens em setembro para aumentar a segurança viária e evitar mortes no trânsito. A escolha dos locais da fiscalização é definida com base no acompanhamento feito pela Plataforma Vida, que indica os bairros com maior índice de sinistros de trânsito.

“Nessas fiscalizações são avaliadas a situação do veículo e do condutor, e se apresentam algum comportamento de risco, como não possuir carteira de habilitação. Nós também levamos uma mensagem educativa que cada um é responsável no trânsito pela vida do outro”, afirma a gestora.

A operação também coíbe irregularidades que podem resultar na ocorrência de acidentes, como o uso inadequado do capacete e a combinação de álcool e direção. Esta, por exemplo, registrou números preocupantes. Dos 1.941 testes de bafômetro realizados, 12 positivaram e 147 recusaram, o que indica a ingestão de bebidas alcoólicas. Com os reflexos mais lentos, o consumo de álcool diminui a vigilância, reduz a capacidade visual e pode propiciar a ocorrência de acidentes com alto índice de severidade.  

“Com tudo que está sendo feito, nós somos bastante otimistas que ao final de 2021 seremos pelo sétimo ano consecutivo um exemplo no Brasil e no mundo como cidade que vem reduzindo a quantidade de pessoas que perdem a vida no trânsito”, salienta a superintendente.

(*) Com informações Prefeitura de Fortaleza