Uma nova pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística publicada nesta quarta – feira (4), mostra que o percentual de crianças que frequentam escola ou creche cresceu no ultimo ano.

Entre crianças de 0 a 3 anos, o salto foi de 36% em 2022, para 38,7%em 2023. Já entre crianças de 4 e 5 anos, quando a matricula é obrigatória conforme a legislação nacional, o aumento foi de 91,5% para 92,9%.

A pesquisa mostra que 19,5% das crianças que frequentam creche, são atendidas pela rede privada. Porém, dependendo dos estados, a realidade pode ser bastante distinta. Se no Rio de Janeiro e Distrito Federal 38,3% das matrículas estão em instituições privadas, em Tocantins e no Acre, esse percentual é de 7,4%.

A região Norte registrou a evolução mais significativa na frequência escolar entre crianças com 4 e 5 anos. Se em 2022, o número era de 82,8%, em 2023 o número subiu para 86,5%. As maiores frequências para está faixa etária estão registradas no Sudeste (94,5%) e no Nordeste (94,4%).

Motivações para não frequentar a escola:

A pesquisa também coletou dados sobre o contexto de crianças que não frequentavam escolas ou creches em 2023. De 0 a 3 anos, 60% não estavam matriculadas em nenhuma instituição por opção dos pais ou responsáveis.

A falta de vagas, inexistência de escolas, a insegurança no entorno do local e a insuficiência de transporte, foram motivos para manter crianças fora da escola.

Abandono Escolar

Outro dado levantado revela motivações sobre o abandono escolar entre jovens de 15 a 29 anos de idade. Em 2023, 9,1 milhões de integrantes nessa faixa etária deixaram os estudos sem concluir a educação básica, como o ensino infantil, ensino fundamental e médio.

53,5% dos homens relataram que a principal motivação do abandono escolar foi a necessidade de trabalhar. Já entre as mulheres, 25,5% alegaram que abandonaram a escola pela necessidade do trabalho. Entre as mulheres, o abandono escolar foi associado também pela gravidez (23,1%).

A pesquisa revela ainda que, em 2023, 40,1% das pessoas de 25 a 64 anos de idade não haviam concluído o ensino médio.