As lideranças nacionais do DEM e do PSL se mobilizam para a fusão dos dois partidos. A fusão dará origem a uma nova sigla que terá, pelo menos, 81 deputados federais, sete senadores e a maior fatia do fundo eleitoral em 2022, que poderá superar os R$ 450 milhões. Esses números estão apenas no campo das estimativas, mas, nos bastidores, os cálculos apontam nessa direção.


Uma das etapas no processo de fusão dos dois partidos foi dada com a decisão da Executiva Nacional do DEM em aprovar, por unanimidade, o avanço das conversas com o PSL. O objetivo de dirigentes dos dois partidos é oficializar a fusão até outubro. O jornalista Beto Almeida, em sua participação no Bate Papo Político, no Jornal Alerta Geral, fala das cifras gigantescas que envolvem o fundo eleitoral para 2022.


Depois da reunião da Executiva, o DEM vai convocar para o próximo mês um encontro do Diretório Nacional, instância que tem mais integrantes, para votar, internamente, se vai embarcar no projeto de união com a outra legenda. Dentro do PSL também estão marcadas reuniões para debater o assunto, mas, entre os dirigentes da agremiação, a fusão está pacificada.


Se concretizado, o novo partido terá a maior bancada da Câmara, com 81 deputados, além de sete senadores, três governadores, o maior tempo de rádio e televisão na campanha de 2022 e os maiores fundos eleitoral e partidário.
Os entendimentos apontam que a presidência do partido deve ficar com Luciano Bivar, atual presidente do PSL, e a secretaria-geral com ACM Neto, presidente do DEM. No Ceará, o novo partido poderá ficar sob a direção do primeiro suplente de senador e líder empresarial Chiquinho Feitosa.


As informações dos bastidores apontam, ainda, que os organizadores da fusão esperam filiar os deputados Felipe Rigoni (PSB-ES), Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA), Clarissa Garotinho (Pros-RJ), Daniela do Waguinho (MDB-RJ) e Capitão Wagner (Pros-CE), todos em conflito com suas respectivas legendas. Wagner, que é pré-candidato ao Governo do Estado, se elegeu, em 2018, como o deputado federal mais votado do Ceará, chegou, em 2020, ao segundo turno da disputa pela Prefeitura de Fortaleza e, em 2022, quer chegar ao segundo turno na briga pelo Palácio da Abolição.