O futuro ministro das Relações Exteriores indicado por Jair Bolsonaro, Ernesto Araújo, declarou hoje (21) que no próximo governo a política externa brasileira vai incentivar as negociações para expandir o comércio e o agronegócio de maneira “ativa e sistematicamente”.

Ele criticou veementemente a conduta adotada pelos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

“Nos governos petistas, o Itamaraty foi a casa do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Agora estará à disposição do produtor”, disse o futuro chanceler em sua contano Twitter em uma das 12 postagens que fez sobre o tema nesta sexta-feira.

Futuro ministro das Relações Exteriores, embaixador Ernesto Fraga Araújo.

Araújo ainda afirmou que o principal objetivo é construir um novo momento para o país. “A pujança agrícola será parte do projeto de engrandecimento do Brasil. Ao mesmo tempo, a projeção de um país confiante, grande e forte servirá ainda mais aos interesses da agricultura”.

Puxado pela agropecuária, PIB do Ceará avança 1,48% no terceiro trimestre, diz Ipece

A economia do Estado do Ceará avançou 1,48% no terceiro trimestre deste ano, segundo informou o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará, Ipece. O resultado demonstra que o Produto Interno Bruto cearense cresceu a um ritmo levemente superior ao da média do País no mesmo período, que registrou variação de 1,3%.

Os dados apresentados pelo Ipece têm como base informações IBGE e são preliminares, podendo sofrer alterações. No acumulado do ano, a economia do Estado acumula avanço um pouco mais modesto, de 1,07%, enquanto o País registra média de 1,1%. Considerado o acumulado de 12 meses, entretanto, o PIB cearense cresceu 1,97%, enquanto o do País variou 1,4%.

Sem antagonismos

Em seus tuítes, Araújo contra argumenta o discurso sobre o antagonismo entre os incentivos ao agronegócio e a preservação ambiental. Para ele, o Itamaraty e o Ministério da Agricultura trabalharão juntos. O futuro chanceler também destacou que a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex) será redirecionada.   

“Querem jogar a agricultura contra os ideais do povo brasileiro? Não conseguirão. O trabalho incansável, a fé, a inventividade, o patriotismo dos agricultores são a própria essência da brasilidade.”

Segundo Araújo, o governo brasileiro vai defender o produtor rural e não colocá-lo como adversário do meio ambiente. “Defenderemos o produtor brasileiro nos foros internacionais, da pecha completamente falsa de ser agressor do meio ambiente. O produtor agrícola brasileiro contribui para a preservação ambiental como em nenhum outro lugar do mundo.”

Orientações

O futuro chanceler afirmou também que será criado um departamento específico no Ministério das Relações Exteriores para cuidar dos temas relativos ao agronegócio.

“Estamos criando no Itamaraty um Departamento do Agronegócio para trabalhar junto com o Ministério da Agricultura na conquista de mercados internacionais. Daremos ao agro a atenção que no MRE (Itamaraty) ele nunca teve.”

Ele acrescentou que orientações serão transmitidas às representações do Brasil no exterior para dar mais atenção ao agronegócio. “Orientaremos as embaixadas a promover os produtos agrícolas brasileiros ativa e sistematicamente. A Apex será direcionada no mesmo sentido”.

Para Araújo, a forma como são conduzidas certas negociações não gera resultados positivos para o Brasil. “Algumas negociações comerciais em curso são ruins para a agricultura. Vamos reorientá-las em benefício dos produtores brasileiros.”

Ton Silva