O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux negou hoje (29) pedido para barrar candidaturas de senadores que são réus em ações penais na Corte à presidência do Senado. A decisão foi tomada individualmente pelo ministro Fux devido ao período de recesso no STF.

O caso foi decidido em um mandado de segurança protocolado pelo senador eleito Eduardo Girão (PROS-CE). Na petição, o parlamentar argumentou que senadores que são réus não podem concorrer à presidência da Casa. A situação afrontaria os princípios constitucionais da probidade e da moralidade, segundo Girão. A eleição para o comando do Senado está prevista para a próxima sexta-feira (1º).

Na decisão, o ministro entendeu que a eleição da Mesa Diretora do Senado deve ser baseada nas normas internas da Casa, sem interferência do Judiciário. O regimento interno não estabelece a restrição.

Com a decisão, o senador Renan Calheiros ganhou a queda de braço com o senador cearense. Nas redes sociais Calheiros chegou a acusar Girão de ter entrado com a ação a pedido de Tasso (Jereissati), de ter enganado mais de 40 mil trabalhadores e de ser um dos maiores devedores da Previdência do País. Luiz Eduardo prometeu acionar Renan judicialmente.

COM AGÊNCIA BRASIL