Gestores e analistas da Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce) se reunirão nesta sexta-feira (20), às 14 horas, com representantes de 12 empresas que atuam na geração de energia eólica. O objetivo do encontro, que acontecerá no auditório da Agência, no Centro Administrativo Governador Virgílio Távora, é receber e analisar dados fornecidos que possam contribuir para melhores resultados dos parques eólicos instalados no Estado do Ceará, a partir de estudo comparativo dos parâmetros de resultados e monitoramento do sistema de indicadores.
De acordo com o presidente do conselho diretor da Arce, Fernando Alfredo Franco, o encontro entre analistas e representantes de empresas vai permitir que, em conjunto, se possa avaliar e acompanhar a performance das geradoras em operação, principalmente em se tratando de energia efetivamente gerada (EEG) ou geração comercial. No Brasil, o Ceará é destaque por ser considerado um dos maiores produtores desse tipo de energia alternativa. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Ceará está entre os cinco principais geradores de energia a partir do vento.
Dentro das atividades da Arce, firmado por meio de contrato com a Aneel, está a de fiscalizar as usinas eolioelétrica. Atendendo ao novo formato adotado pela Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração (SFG), desde março de 2017 as fiscalizações vêm sendo feitas em campanhas. No atual modelo de fiscalização, o monitoramento é a etapa mais abrangente do processo e envolve o universo dos agentes de geração de energia. Geralmente, as atividades se fundamentam em três níveis: monitoramento, ações à distância e ação presencial. A primeira etapa – a de monitoramento – é realizada pela própria Aneel, que, no caso, encaminha para a Agência Cearense a relação de empreendimentos a serem vistoriados.
No que se refere à segunda etapa, a Arce avalia itens que consistem em atividades de fiscalização à distância, centradas na investigação dos pontos de maior risco técnico-regulatório relativo à conformidade esperada, contando com análise de dados adicionais. Somente após a conclusão do segundo estudo é que a Arce aponta as usinas que seguirão para a terceira etapa, que é a fiscalização presencial, ou seja: in loco, quando os técnicos buscam evidências durante os trabalhos, com base no conhecimento comprovado durante as duas etapas anteriores.
Por último, vem o parecer técnico, quando poderão ser emitidos dossiês ou relatórios de fiscalização, tudo isso no prazo de até 30 dias. O analista Deleon Ponte Parente, afirma que “a pesquisa de campo foca o aperfeiçoamento do processo de atividades, o que, sem dúvida, resulta em melhoria do serviço prestado”. Deleon complementa dizendo que “identificar as melhores práticas adotadas pelos agentes de geração de energia elétrica no Ceará, no âmbito da eficiência operacional de usinas eólicas, é o mesmo grande objetivo”.
Energia Eólica é a transformação da força do vento em energia útil. É a obtenção de energia de forma renovável e limpa, uma vez que não produz poluentes. É captado por aerogeradores, os quais incluem hélices ou pás que se movimentam com a velocidade do vento. Em reunião preparatória para o encontro do dia 20, envolvendo o coordenador do setor elétrico, Cássio Tersandro Andrade, este foi pragmático ao levantar que “o importante é compreender o que é feito para manter a usina eólica, de forma contínua, gerando no máximo do desempenho operacional, além de entender como os procedimentos e práticas de operação e manutenção contribuem para essa carga total.
Já o presidente Fernando Franco ressaltou que
a expectativa da reunião é promover, entre os participantes, uma melhor compreensão do processo de geração de energia eólica com base em experiências exitosas. A Agência definirá práticas de aprimoramento da qualidade dessa produção energética, afirma.
Outro ponto a ser considerado é que, com a iniciativa, será dada a necessária visibilidade às usinas eólicas superavitárias que estão gerando externalidades positivas ao setor e que melhor aproveitam o recurso natural incidente. Foram convidadas as seguintes empresas: Aliança, CPFL, Energimp, Queiroz Galvão, Alupar, Cubico, Engie, Rio Energy, Cemig, Echoenergia, Faísa e Servtec, grupos responsáveis por 74 usinas.
*com informações do Governo do Estado do Ceará.