A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) destacou nesta segunda-feira (17) em Plenário programas implementados pelos governos de Lula e Dilma Rousseff que não tiveram continuidade na administração de Michel Temer. Segundo ela, esses projetos, de cunho social, também não interessaram até agora à equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Ela disse também que a construção civil teve uma grande queda, após ter atingido recordes históricos nos governos do PT, somente comparáveis aos alcançados na época do chamado “milagre brasileiro”, na década de 1970.
Quanto ao programa Mais Médicos e à saída dos profissionais cubanos, que atribuiu à atitude hostil do presidente eleito. Gleisi Hoffmann disse que as informações iniciais de que eles estavam sendo substituídos por médicos brasileiros se revelaram falsas.
Há 2.500 vagas abertas, [para as quais] ninguém se apresentou e outras 2.800 vagas [para as quais] quem se apresentou foram médicos da rede básica de saúde, médicos que já trabalham no posto de saúde. Então, vão sair de um posto para ir para o Mais Médicos. Olha que consequência tem isso para a medicina de que nós precisamos! Falou tanto mal dos médicos cubanos, agora o povo brasileiro está sem médico, afirmou.
Ela mencionou também a situação dos aeroportos, que recebem hoje uma quantidade menor de passageiros do que no início da década. Para Gleisi Hoffmann, nos governos do PT os pobres podiam viajar de avião e isso agora não acontece, devido à queda na renda dos trabalhadores e ao aumento do desemprego.
A transposição das águas do Rio São Francisco também foi abordada pela senadora, afirmando que as obras foram paralisadas pela equipe de Temer e até agora Bolsonaro não anunciou seus planos na área, nem para combater a seca no Nordeste.
Com Informações Agência Senado