Uma marca histórica alcançada: mais de 300 transplantes de medula óssea realizados no Estado entre 2008 e início de 2017. Esta foi a conquista comemorada pelo Governo do Ceará na manhã desta quarta-feira (12), em solenidade realizada pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) e pelo Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), no auditório do Hemoce. O governador Camilo Santana participou do evento e recebeu homenagem pelo trabalho desempenhado na Saúde Pública.
Segundo o chefe do Executivo, os resultados apresentados pelo corpo de profissionais do Hemoce e do Hospital Universitário são merecedores de todas as condecorações, devido à estrutura e competência demonstradas por resultados representativos, como o de número de pacientes transplantados, através do serviço público estadual.
“Esse é um momento da sociedade mostrar o reconhecimento do trabalho que o Hemoce tem feito, em parceria com o Walter Cantídio, com os transplantes que são realizados aqui no Estado. Estamos salvando vidas não só do Ceará, como também de outros estados do país. O Hemoce nos encanta pela estrutura, tecnologia, pelo zelo e pelo amor que as pessoas tem aqui. É uma instituição pública que serve ao povo cearense, que serve às pessoas do país, é referência no Brasil inteiro”, disse o governador.
Camilo Santana realizou visita pelas instalações do Hemoce e conversou com funcionários e doadores no espaço clínico. Ele esteve acompanhado do secretário da Saúde, Henrique Javi, da diretora geral do Hemoce, Luciana Carlos, dentre outros parceiros envolvidos na concretização da marca.
No último mês de abril, o número de transplantes de medula óssea passou de 300 para 310 no Ceará. Nesta quarta (12), um paciente será submetido à infusão das células saudáveis, chegando ao número de 311 transplantes realizados no Estado. Atualmente, o Ceará tem uma média de sobrevida dos pacientes transplantados de 95,3 %, superior à média nacional que é de 90%, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A parceria do Hemoce com o Hospital Universitário Walter Cantídio garante, desde 2008, a realização dos transplantes de medula óssea em pacientes do Ceará e de outros estados. O Hemoce é responsável pelo cadastro dos doadores voluntários de medula óssea, triagem de candidatos, testes de compatibilidade, exames e coleta da medula por aférese. Já o HUWC é responsável pela realização do transplante e acompanhamento posterior do paciente.
Transplante e doação
O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento indicado para algumas doenças que afetam as células do sangue. Além da realização dos exames, desde 2012, o Hemoce também coleta células para transplante alogênico não aparentado, em pacientes de outros estados e países. Foram feitas 27 coletas sendo 16 para transplante de medula óssea em outros estados e 11 em outros países (Estados Unidos, França, Itália, Portugal, Canadá, Argentina, Holanda e Turquia).
Para ser um doador de medula óssea, basta ter entre 18 e 55 anos de idade, estar bem de saúde, não ter sido diagnosticado com câncer e apresentar documento de identidade e comprovante de endereço. O cadastro é concluído com assinatura de um Termo de Consentimento e a coleta de uma amostra de sangue (10 ml).
O contador Leônides Ferreira, 30, faz parte do grupo de centenas de doadores de medula óssea no Estado. E tudo começou enquanto visitava o Hemoce para fazer uma doação de sangue. ” Faço parte do Conselho Regional de Contabilidade, e eles sempre fazem movimentos para que todos participem de doações de sangue. Acabou que eu não pude doar sangue no dia, devido a uma medicação que estava tomando. Aí uma moça me perguntou se eu não gostaria de ficar no banco de medulas. Eu disse que tudo bem e acabei entrando. Com pouco tempo, fui chamado para doar a quem estava precisando. É algo que traz muita satisfação”, contou.
“O que me move é o sentimento de estar colaborando com quem precisa enfrentar problemas de saúde”. É assim que o estudante de Design Gráfico Wesley Guilherme, 21, define a sua rotina de doador de sangue. Ele conta que se tornou, há poucos anos, parte do cotidiano ir ao Hemoce para ajudar na conscientização da população sobre a importância de ajudar o Centro e Hematologia, em todos os tipos de serviços realizados no equipamento público. “Seja com sangue ou com o transplante de medula, a gente precisa entender que isso é importante para ajudar muitos pacientes”, relatou.
Grupo de homenageados
Além do governador Camilo Santana, outras personalidades ligadas ao trabalho da Saúde Pública foram homenageadas durante o evento comemorativo.
Foram elas: Henrique Javi (secretário da Saúde), Lilian Alves Amorim Beltrão (secretária-executiva da Sesa), Eliana Régia Barbosa Almeida (coordenadora do Central de Transplantes de Órgãos e Tecidos), Hilma Alves da Silva (coordenadora do Núcleo de Execução Financeira – NUCEF/COAFI/SESA), João Ananias (deputado federal), José Luciano Bezerra Moreira (superintendente do Hospital Universitário Walter Cantídio), Henry de Holanda Campos (reitor da UFC), Maria Helena da Silva Pitombeira (médica hematologista e professora emérita da UFC), Jesualdo Pereira Farias (secretário das Cidades do Estado e ex-reitor da UFC), Ivo Gomes (prefeito de Sobral), Ícaro de Sousa Moreira (reitor da UFC – in memorian, representado pela esposa Izaura), Cid Gomes (ex-governador do Ceará), Ciro Gomes (ex-governador do Estado), Salmito Filho (presidente da Câmara Municipal de Fortaleza), Raimundo José Arruda Bastos (ex-secretário da Saúde) e Florentino de Araújo Cardoso Filho (ex-superintendente do Complexo Hospitalar da UFC).
Com informação da A.I