O Governo Federal pretende substituir a modalidade do saque-aniversário do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para o crédito consignado em janeiro.  As informações são do jornal Folha de São Paulo. Além disso, um dos principais negociadores pelo governo afirma que as projeções preliminares indicam até R$ 300 bilhões em operações de crédito e avaliam que os bancos têm mais a ganhar com o novo modelo. Os alvos do crédito consignado seriam empregados domésticos com carteira assinada e trabalhadores autônomos que, hoje, não têm acesso a esse produto, oferecido a trabalhadores privados por meio das empresas onde atuam.

A proposta prevê o uso do FGTS como garantia para obtenção de crédito. A modalidade de saque-aniversário foi criada em 2020 e permite que o trabalhador saque, anualmente, no mês do seu aniversário, parte do saldo das contas ativas e inativas. No ano passado, o patrimônio do FGTS alcançou R$ 704 bilhões. A Caixa, administradora do fundo, liberou R$ 142 bilhões em saques para os trabalhadores, sendo que o saque-aniversário representou 26% deste total. Dos R$ 38 bilhões do saque-aniversário em 2023, cerca de R$ 15 bilhões foram pagos aos trabalhadores, enquanto R$ 23 bilhões foram destinados aos bancos como garantia a empréstimos.