Para beneficiar mais estudantes cearenses, o governador Camilo Santana anunciou, na tarde desta quarta-feira (30), a ampliação da oferta de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTIs). A partir de agosto, a jornada prolongada será realidade em mais 46 escolas da rede estadual, localizadas em 37 municípios. Também estiveram presentes no anúncio, transmitido via redes sociais, a vice-governadora do Ceará, Izolda Cela, e a secretária da Educação, Eliana Estrela.

Ao cumprimentar estudantes, profissionais da educação e gestores municipais que acompanhavam a transmissão, Camilo Santana enfatizou que a expansão é o alcance de uma meta histórica.

“Com essas 46 novas escolas, vamos ultrapassar 50% das nossas escolas aptas a serem de tempo integral. O dia de hoje é simbólico para nós do Governo Estado e da Secretaria da Educação”, comemorou.

Com a ampliação, o Ceará chega a 324 unidades de ensino em tempo integral. Deste total, 201 são EEMTIs e 123 são Escolas Estaduais de Educação Profissional (EEEPs). Para funcionar em tempo integral, as 46 escolas vão receber investimento de quase R$ 80 milhões em infraestrutura e equipamentos.

O modelo de EEMTIs faz parte de uma política iniciada pelo Governo do Ceará em 2016, por meio da Seduc, que implantou tempo integral em 26 escolas estaduais de ensino regular. Nos últimos anos, a iniciativa se consolidou como uma estratégia para garantir educação de qualidade e para todos, com foco no protagonismo estudantil. Em 2021, já são 107 municípios com EEMTIs, beneficiando mais de 57 mil alunos.

A vice-governadora destacou a importância desse projeto educacional para oportunizar um futuro melhor para os jovens cearenses.

“Além desse esforço que todos os professores, equipes e gestores têm para melhorar a aprendizagem, nós também temos o compromisso de enriquecer o currículo, trabalhando o socioemocional e outras aprendizagens importantes para a juventude. Este é um momento de uma janela do desenvolvimento. Se as coisas acontecem bem aí, a gente tem muito mais chance de ter essa juventude com projetos de vida que se realizem da melhor maneira possível. Isso é importante para as famílias deles e para a sociedade. Ganhamos todos nós”, disse Izolda, agradecendo a parceria da comunidade escolar e dos gestores municipais.

A oferta do ensino integral começa a partir da 1ª série do Ensino Médio e a expansão ocorre gradualmente para as próximas séries. Cada escola oferta uma jornada de sete a nove horas, garantindo até três refeições diárias. O currículo é composto por disciplinas da base comum a todos e disciplinas escolhidas pelos alunos.

Segundo a titular da Seduc, esse tempo maior dentro da escola tem sido fundamental para fortalecer o vínculo entre alunos e professores, além de ampliar as oportunidades de aprendizagem.

“Eles passam o dia todo e, nesse dia todo, eles desenvolvem as competências cognitivas e socioemocionais também, que é um importante fator para a nossa juventude. Nós estamos trabalhando isso desde a primeira infância. Na escola de tempo integral, é bem mais forte. Os alunos têm a oportunidade de escolher, também, seu projeto de vida, com uma eletiva ou duas, que são disciplinas que eles escolhem entre empreendedorismo, informática, dança, música e línguas. Ou seja, aquilo que ele acha que realmente acha que desenvolve suas habilidades”, detalhou Eliana Estrela.

Ao fim da live, o governador reforçou outras iniciativas desenvolvidas para garantir acesso à educação no Ceará, como a entrega de chips de internet e tablets para os estudantes e notebooks para professores da rede pública estadual.

Novas EEMTIs

De acordo com a Seduc, as 46 EEMTIs iniciarão a oferta da jornada prolongada com a matrícula de 7.743 alunos na 1ª série do Ensino Médio. O atendimento será ampliado gradualmente.

55 escolas entre as 100 melhores do Brasil

O estudo “Excelência com equidade no Ensino Médio”, divulgado em 2019, revela que entre as 100 escolas com melhores resultados de aprendizagem e que atendem alunos com baixo nível socioeconômico, 55 são unidades de ensino do Ceará que ofertam o tempo integral. A pesquisa foi realizada pelas instituições Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), Fundação Lemann, Instituto Unibanco e Itaú BBA.