O quadro de pobreza que atinge milhares de cearenses nessa fase mais crítica da pandemia da Covid-19 levou o governador Camilo Santana a anunciar, nessa quarta-feira (07), a criação de um programa de assistência social, com valor mensal de 200 reais, para 150 mil trabalhadores informais e desempregados. Serão R$ 60 milhões destinados ao novo programa durante dois meses.

Denominado auxílio cesta básica, segundo Camilo Santana, o programa, com pagamento de duas parcelas, irá beneficiar trabalhadores do transporte complementar, transporte escolar, ambulantes, feirantes, mototaxistas, taxistas, bugueiros e guias turísticos, que fazem parte de um dos setores mais impactados pela pandemia.

O benefício será criado por meio de um projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa que, segundo o presidente da Mesa Diretora, Evandro Leitão, ganhará prioridade na pauta de votação.
Com o projeto de lei que trata do auxílio cesta básica, Camilo Santana enviará, também, para apreciação dos deputados estaduais um segundo projeto tratando da suspensão da cobrança de taxas estaduais, nos meses de abril e maio, para o transporte regular e o transporte complementar por dois meses.

BARES E RESTAURANTES

O programa de ajuda aos 150 mil cearenses corre paralelo a outra ação do Governo do Estado destinada a ajudar trabalhadores desempregados de bares e restaurantes. O auxílio, no valor de R$ 1.000,00, será pago em duas parcelas e, até esta quinta-feira, as pessoas que se enquadram nos critérios para receber o benefício, podem ser cadastrar por meio de endereço eletrônico da Secretaria de Turismo do Estado.

Um balanço da Setur, realizado, no início da noite desta quarta-feira, revela que 14.802 trabalhadores desempregados e informais fizeram o cadastro, mas, desse total, apenas 5.352 se enquadram nas regras para receber o auxílio. Os demais – 9.450, são ambulantes, beneficiários de algum programa de assistência social e trabalhadores de outros setores.