As informações de bastidores apontam que o Governo Federal deve deixar para 2024 a definição sobre o comando da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) em uma tentativa de neutralizar desgastes com os aliados e evitar prejuízos na pauta de votação dos projetos de interesse do Palácio do Planalto.
Se os articuladores políticos do Governo imaginam que a estratégia pode adiar conflitos, do outro lado o sentimento vai na direção contrária: a avaliação é que, quanto maior for a demora para acomodar aliados em cargos estratégicos, como a Funasa, maior será o descontentamento na base política.
DISPUTA POR R$ 2,9 BILHÕES SOMENTE EM 2023
A Presidência da Funasa é disputada pelo PSD, Republicanos e União Brasil. O PSD chegou a indicar o nome do ex-vice-governador do Ceará, Domingos Filho, mas as articulações, por enquanto, não prosperaram.
Domingos não jogou a toalha e está na briga para comandar a Fundação que, em 2023, tem um orçamento de R$ 2,9 bilhões. Todo esse dinheiro está na gaveta e não foi usado, de acordo com o deputado federal Danilo Forte (União Brasil), porque o órgão, que cuida de políticas de saneamento básico e abastecimento de água, passa por um processo de reestruturação.
JORNAL ALERTA GERAL REVELA BASTIDORES DA BRIGA
Os bastidores da briga pela Presidência da Funasa estão, nesta sexta-feira, no Jornal Alerta Geral, que é gerado a partir dos estúdios da FM 104.3 – Grande Fortaleza, com transmissão pelas redes sociais do @cearaagora e para mais de 20 emissoras de rádio do Interior do Estado.
BANHO-MARIA
A estratégia de empurrar para 2024 o futuro comando da Fundação Nacional de Saúde é definida como ‘banho- maria’, uma tática de esfriar a briga existente entre PSD, Republicanos e União Brasil.
O Jornal O Globo destaca, nesta sexta-feira, que o Governo tenta equacionar a disputa que envolve, também, a presidente da Comissão Mista de Orçamento, senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB).
Daniella indicou o nome de Lilian Capinam para a presidência interina da Fundação, cargo que seria ocupado por 60 dias durante a reestruturação do órgão. A reportagem registra que o nome de Lilian teria sido endossado pelo líder do PSD, deputado Antônio Britto, à Secretaria de Relações Institucionais.
A reportagem cita, ainda, que, nessa tática de adiar a definição sobre o futuro da Funasa, o Governo não quer desagradar o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Danilo Forte, que foi um dos principais articuladores da reestruturação do órgão. O Governo não quer, segundo a reportagem, desagradar Danilo, que cumpre papel estratégico sobre o Orçamento de 2024.