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As projeções feitas por economistas que veem dificuldades para o Governo Federal manter, em 2021, o auxílio emergencial começam a se confirmar: o presidente Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira, que o auxílio não pode ser para sempre porque a União não tem como bancar a conta.

O benefício contemplou, entre os meses de março e agosto, 62 milhões de pessoas, com a quase totalidade recebendo R$ 600,00. As mães solteiras chefes de família tinham o dobro desse valor. A partir do mês de setembro, o governo decidiu manter a proteção econômica para os desempregados e trabalhadores informais que continuam sem renda em função da crise sanitária, mas reduziu o valor mensal para R$ 300,00. O auxílio vai até dezembro e, nesse momento, não há qualquer sinalização para mantê-lo.

“O auxílio emergencial não é para sempre. Tenho isso na cabeça. É um momento. Até porque é caro demais para a União. É até pouco para quem recebe, reconheço, mas caro demais para a União”, disse o  presidente Jair Bolsonaro, durante evento na cidade de Breves, na Ilha de Marajó, Estado do P ará.

 Ao acompanhar o atendimento de beneficiários do auxílio emergencial, Bolsonaro  disse que o governo tem feito todo o “possível para minimizar a dor e em especial o sofrimento dos mais humildes” e voltou a criticar a política de isolamento adotada durante a pandemia da covid-19. “Sabemos os efeitos dessa pandemia, lamentavelmente alguns obrigaram vocês a ficarem em casa, eu não tive participação nisso por decisão do Supremo Tribunal Federal”, alfinetou.

Um estudo da FGV Social publicado, nesta sexta-feira, pelo Jornal O Globo, aponta que o auxílio emergencial ajudou mais de 15 milhões de brasileiras a melhorem de vida e ingressarem na Classe C, mas os economistas responsáveis pela pesquisa apontam que, sem o benefício e sem oportunidades de trabalho, essas pessoas voltarão às condições sociais adversas.