O Governo do presidente Lula deflagra a partir desta terça-feira (9) uma nova fase de articulações para cobrar aos partidos que ocupam cargos no Ministério da Esplanada mais fidelidade de suas bancadas ao Palácio do Planalto. Caberá ao ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que é alvo de críticas pela crise de articulação com o Congresso, conduzir o diálogo com os líderes dos partidos.


“O presidente Lula pediu, delegou a responsabilidade. E a tarefa, como coordenador político do governo, nesta semana, é de fazer reuniões dos ministros que foram indicados pelos partidos junto com líderes da Câmara para discutirmos a ação na Câmara”
, disse Alexandre Padilha, ao conversar com jornalistas após encontro com o presidente Lula.


De acordo com Padilha, os encontros com os partidos serão para discutir o calendário das proposições para o primeiro semestre e, nessa agenda, estão reuniões com as lideranças do PSB, PSD, MDB e União Brasil, que deram votos decisivos para a derrota do governo sobre o Marco do Saneamento.


Segundo Alexandre Padilha, a coordenação política segue sob o guarda-chuva da Secretaria de Relações Institucionais, mas, se precisar, conforme enfatiza, o presidente integrará a articulação. “Toda a vez que ele (Lula) precisar entrar em campo, vai entrar. É bom demais a gente ter um Pelé da política para poder entrar em campo a hora que precisar”, observou.


As preocupações do Palácio do Planalto são com o cumprimento do calendário de aprovação de projetos de seu interesse, especialmente as matérias de caráter econômico, como a reforma tributária e o arcabouço fiscal. Mas também há atenção especial com o PL das Fake News, principalmente, após o governo ser derrotado na tentativa de mudar trechos da Lei que trata do Marco do Saneamento.


“Entendemos o que aconteceu na semana passada: uma derrota importante. Aconteceu em um momento em que você pode perder, que é o começo do campeonato. Estamos absolutamente convencidos de que iremos ganhar as vitórias mais importantes”
, destacou Alexandre Padilha, sobre a votação do Marco do Saneamento e do adiamento da apreciação do PL das Fake News.