A saída para cobrir um rombo de R$ 65 bilhões para garantir o cumprimento da meta fiscal prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano, seria um aumento de impostos, a ser anunciado na próxima quarta-feira (22/3).

Nesse mesmo dia, o governo promete divulgar o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, que necessariamente precisará conter os novos parâmetros macroeconômicos, com números mais realistas. O anterior prevê ainda alta de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB), muito acima da previsão do mercado, de 0,5%. No entanto, técnicos do governo já trabalham com crescimento abaixo de 1%.

Meirelles, no entanto, disse que não há nenhuma decisão tomada ainda sobre o aumento de impostos. Afirma que no dia 22 a população saberá se há necessidade de haver ou não aumento ou não de impostos, e se necessário o valor do contingenciamento.

O ministro da Fazenda destacou que a expectativa do Governo é que a segunda rodada de repatriação de recursos renda pouco para os cofres da União, devido ao rateio da multa e dos impostos com estados e municípios. Ele estima que o governo federal consiga arrecadar menos de R$ 10 bilhões, algo em torno de R$ 7 bilhões, para ser mais preciso.

 

Para ele, a lista de 83 pedidos de abertura de inquérito envolvendo políticos feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e enviada ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF), não deve prejudicar a tramitação da Reforma da Previdência no Congresso Nacional.

Ele pontuou que trabalha com o prazo para a votação da proposta no plenário da Câmara dos Deputados em abril,  através de reuniões com as bancadas de parlamentares até a próxima semana.