Em meio ao grande descontentamento da população com as empresas de energia elétrica, o Governo Federal prepara mudanças nas regras para concessão de serviços nessa área e exigirá 20 mudanças às distribuidoras para renovação dos atuais contratos. Entre as normas a serem estabelecidas, está a exigência de tempo máximo para retorno de operação após eventos climáticos, “satisfação” dos consumidores, atualização anual do plano de investimentos, extensão de aportes em áreas rurais e obrigatoriedade de digitalização.


Outra exigência será a reorganização dos recursos de eficiência energética para contemplar iniciativas de modernização e combate à pobreza energética, obrigatoriedade de condições igualitárias entre funcionários e terceirizados e obrigatoriedade de atender a condições de trabalho definidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).


As novas regras terão, também, a obrigatoriedade da cessão de infraestrutura de postes para terceiros e “preparação” para o consumidor escolher o fornecedor da energia — como no mercado livre, em que o cliente compra diretamente da geradora de energia.


CONTROLE NO SETOR ELÉTRICO


As concessões de energia elétrica dos 26 estados e do Distrito Federal são controladas por sete grandes grupos (Neoenergia, Enel, CPFL, Equatorial, Energisa, Light e EDP) que respondem por cerca de 60% do segmento de distribuição.


As mudanças nas regras para renovação das concessões foram antecipadas, nesta quinta-feira (23), pelo Jornal O Globo. O repórter Carlos Alberto dá detalhes, no Jornal Alerta Geral (FM 104.3 – Expresso), sobre as mudanças que estão a caminho e podem melhorar a qualidade dos serviços na área de energia elétrica.


O decreto com as regras para renovação das concessões é esperado para os próximos dias. No caso do Estado do Ceará, as atenções são voltadas para a Enel, campeã de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor, alvo de uma CPI na Assembleia Legislativa e encurralada por multas pela má prestação de serviço.


EXIGÊNCIAS


Uma das mudanças a serem exigidas é a comprovação anual da saúde financeira necessária para garantir a operação do serviço com qualidade. Hoje, o desempenho das operadoras é feito considerando a média de uma grande área de concessão, como uma cidade, por exemplo.


Com as mudanças propostas agora, a análise será feita em bairros e áreas da concessão. Assim, de acordo com especialistas, será possível limitar a distribuição de dividendos, por exemplo, caso índices de qualidade não sejam atingidos.


O governo vai estabelecer tempo máximo para retorno de operação após eventos climáticos, considerar a “satisfação” dos consumidores, exigir atualização anual do plano de investimentos, extensão de aportes em áreas rurais e obrigatoriedade de digitalização.


REGRA PARA CONSUMIDOR ESCOLHER FORNECEDOR


O governo vai estabelecer tempo máximo para retorno de operação após eventos climáticos, considerar a “satisfação” dos consumidores, exigir atualização anual do plano de investimentos, extensão de aportes em áreas rurais e obrigatoriedade de digitalização.


Será exigida a reorganização dos recursos de eficiência energética para contemplar iniciativas de modernização e combate à pobreza energética, obrigatoriedade de condições igualitárias entre funcionários e terceirizados e obrigatoriedade de atender a condições de trabalho definidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).