“Não precisa ser doutor em Economia para saber que esse sistema faliu” – Mauro Filho

O deputado federal Mauro Filho (PDT), em entrevista ao Jornal Alerta nesta sexta-feira (15), criticou a proposta de reforma do ministro da Economia, Paulo Guedes, e foi claro em afirmar: “o governo quer tirar do lombo do trabalhar o rombo na Previdência“. O deputado disse, ainda, que a reforma não passará caso mantenha as condições para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), para professores se aposentarem e aposentadorias rurais.

O deputado, que participa de reunião às 9h, no Auditório Murilo Aguiar, da Assembleia Legislativa, é um dos principais nomes cearenses no debate sobre a reforma previdenciária. Na entrevista, enfatizou os pontos da que, segundo ele, não passarão: as mudanças que envolvem os professores da rede pública de ensino, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadorias rurais precisam de uma outra proposta.

O deputado afirmou, também, que o regime de Capitalização apresentado por Guedes é injusto e propõe que seja feito com a contribuição de patrões e empregados – no proposto pelo ministro, só o trabalhador contribui. Segundo ele, o regime bancado só pelo trabalhador não funciona. A proposta é manter o regime de repartição até um determinado valor – R$ 5 mil – e só depois fazer o regime de capitalização.

Em janeiro deste ano, o deputado foi a Brasília e apresentou uma proposta ‘multipilar’ com três eixos, que envolvem assistência social, um regime de repartição – regime atual de contribuição – e outro de capitalização. Embora veja a necessidade de uma reforma, Mauro reafirma oposição a alguns pontos específicos.

Sobre o BNB

Em fevereiro deste ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou que uma fusão do Banco do Nordeste (BNB) com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e desagradou a bancada nordestina na Câmara, em meio à chegada da proposta de reforma da Previdência ao Congresso.

Questionado pelo jornalista Luzenor de Oliveira a fusão entre os bancos, Mauro Filho foi enfático em dizer que “o raciocínio com o setor econômico não pode ficar nas mãos de quem só pensa no Sul do país“, e finalizou dizendo que está “trabalhando para que essa ideia de fusão seja dispensada”.