O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, se reunirá em Brasília nesta quinta-feira, 15, com todos os secretários de Segurança do país para discutir o projeto de integração das polícias. Um dos presentes será o Secretário de Segurança do Ceará, André Costa, que fará um balanço sobre as ações que terminaram com a prisão de suspeitos e envolvimentos em mortos de chacinas. Desde que tomou posse, o ministro já organizou reuniões dos governadores e dos prefeitos das capitais com o presidente Michel Temer, e anunciou a liberação de uma linha de crédito no BNDES para projetos de segurança no valor de R$ 42 bilhões, sendo R$ 32 bilhões para os estados e R$ 10 bilhões para os municípios.
Desta vez, a reunião será com os secretários estaduais, responsáveis pela administração da maior parte dos recursos do setor. Segundo o ministro, em 2016 foram gastos R$ 81 bilhões com segurança pública, sendo R$ 70 bilhões por parte dos governos estaduais, R$ 9 bilhões pela União e o restante pelos municípios. Com a crise nos estados, o investimento em segurança diminuiu. Mas a União, que criou um ministério para o setor, não dispõe de fonte de recursos e nem tem atribuição constitucional para a segurança pública.
Jungmann vai propor aos secretários formas de melhorar a integração entre as polícias estaduais e a Polícia Federal, principalmente dos setores de inteligência. Ele vai informar que está estudando formas de destravar a construção de presídios no país e lembrar que verbas repassadas pela União aos estados para este fim ainda não foram utilizadas. Também não foram usadas verbas repassadas para a compra de tornozeleiras eletrônicas. Hoje, leva-se em média cinco anos para construir um presídio. O ministro quer eliminar os entraves legais e burocráticos para aumentar a velocidade das obras.
Com informação do Jornal O Globo