A articulação política do governo Luiz Inácio Lula da Silva construiu um acordo nesta terça-feira (11) e deve apresentar, nos próximos dias, um decreto presidencial de reestruturação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão ligado ao Ministério da Saúde. A ideia é que a fundação seja “mais enxuta” e “eficiente”, segundo parlamentares envolvidos na negociação.
O assunto foi discutido hoje no Palácio do Planalto. Participaram do lado do Executivo o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Alexandre Padilha (PT), e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
Já os parlamentares foram representados pelos senadores Daniella Ribeiro (PSD-PB) e Hiran Gonçalves (PL-RR) e pelo deputado Danilo Forte (União-CE). Com isso, o Palácio do Planalto evita que o Congresso vote uma proposta de recriação do órgão à revelia da gestão petista.
A questão da Funasa é importante porque o órgão está na lista de desejos do Centrão, grupo político ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que deve começar a fazer parte da base aliada lulista no Parlamento. A previsão é que o Centrão apresente, nas próximas semanas, um nome de “consenso” do grupo para comandar a estrutura. Apesar disso, segundo interlocutores, o escolhido deve ter um “verniz técnico”.
O deputado Danilo Forte também endossou o acordo. “Garantimos aos pequenos municípios e a população periférica uma política de saneamento básico e ambiental. A Funasa está nos quatro cantos do país, levantamento esgotamento sanitário. Com a salvação dos convênios e sua prorrogação até o fim do ano, a gente está salvando R$ 1,2 bilhão em investimentos. Já são 904 municípios que estavam correndo risco de perder esse recursos”, disse.
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