O governo federal publicou nessa segunda-feira regras para cancelar o pagamento do Bolsa Família para os beneficiários que tenham feito doações de campanha ou participado como candidatos nas eleições municipais de 2020. Serão cancelados, já em janeiro de 2021, o pagamento para as famílias que tenham algum membro eleito nas eleições municipais, que foi candidato nas eleições e declarou à Justiça Eleitoral patrimônio maior que R$ 300 mil. Segundo o governo, haverá bloqueios temporários para confirmar eventuais irregularidades.
No fim de dezembro, o TSE informou que 91,5 mil beneficiários do auxílio emergencial ou do Bolsa Família doaram para campanhas eleitorais nas eleições municipais de 2020. Os valores chegam a R$ 77,5 milhões.
Ainda segundo a portaria, em fevereiro, serão cancelados os pagamentos de famílias em que: um integrante tenha doado para uma campanha valores mensais por pessoa iguais ou maiores que dois salários mínimos, ou ainda um integrante tenha sido prestador de serviço para uma campanha e tenha recebido valores mensais por pessoa iguais ou maiores a dois salários mínimos.
O governo informou que fará os bloqueios e os cancelamentos com base em dados cruzados do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal de Contas da União e do Cadastro Único, que reúne informações das famílias aptas a receberem pagamentos de programas sociais.