O Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, em execução no município de Caucaia, foi o campeão em denúncias por parte dos vereadores da Câmara na gestão passada. Na atual administração, o programa volta ao centro das discussões com o requerimento do vereador Pastor Dalmácio que solicita transparência no processo e a lista dos inscritos no programa em Caucaia. O pedido é dirigido à Secretaria de Planejamento (Seplan).

Ao apresentar o requerimento, Dalmácio, abriu um novo debate sobre o tema que, por si, é bastante polêmico. Alguns vereadores se pronunciaram denunciando favorecimento por parte da gestão do programa no município. Pessoas que não se enquadravam no perfil de beneficiadas foram atendidas em detrimento daquelas comprovadamente pobres. Pessoas
inscritas desde 2009 e que ainda esperam ser sorteadas, enquanto outras que nem fizeram inscrição receberam os imóveis.

São inúmeras as denúncias e, por conta disso, até morte aconteceu em Caucaia. Em setembro de 2015, a servidora Eliane Aragão foi assassinada em frente ao local onde era realizado o cadastramento do programa. O suspeito da morte de Eliane afirmou o favorecimento de pessoas não inscritas e colocou o programa na rota do Ministério Público. Os vereadores querem transparência. Dalmácio conclamou seus pares a fiscalizar bem de perto o programa. Na sessão que debateu o assunto, mais uma denúncia. Rumores de que o programa iria manter as mesmas pessoas da gestão passada. “Vamos acabar esse erro”, diz Dalmácio.

O vereador João Andrade, que fazia parte do quadro da Câmara confirmou que o programa estava constantemente na pauta. “Se existe injustiça, chama-se Programa Minha Casa Minha Vida em Caucaia. Era uma verdadeira máfia”, disse. O vereador Weiber Tapeba reforçou o coro – “a Câmara não poder ser omissa”.

Grande Porto – ed. 187