Em entrevista coletiva no 23º Batalhão de Caçadores, em Fortaleza, na tarde deste sábado (22), após a solenidade de Formatura de Apronto Operacional os generais Fernando José da Cunha Mattos, como comandante da operação Mandacaru, e Ulisses de Mesquita, comandante da tropa empregada Força Tarefa Felipe Camarão, falaram com jornalistas sobre a atuação das Forças Armadas na segurança pública do Ceará.
O comandante da 10ª Região Militar do Ceará, Fernando Mattos, afirmou que o reforço que o Ceará recebeu das tropas federais foi “inicialmente insuficiente” para a Garantia da Lei e da Ordem durante o motim de policiais militares.
Segundo o comandante, isso explica o aumento no número de homicídios durante o motim dos policiais. Entre 6h da quarta-feira (19) e a manhã deste sábado, foram 88 homicídios no estado. Até antes do motim, o Ceará tinha uma média de seis assassinatos por dia.
Com a aplicação da Garantia da Lei e da Ordem, o Exército assume o controle da Operação Mandacaru, como foi batizada a ação para garantir a segurança durante o motim de policiais militares. As equipes do Raio, Choque e Cotar – da Polícia Militar do Ceará – passam a responder às ordens do Exército durante a Operação Mandacaru.
Investimentos, regras aplicadas, atuação do exército na Capital e no Interior, além das legislações que serão aplicadas a militares e civis foram esclarecidos para a população. Segundo os comandantes, o exército atuará com foco prioritário em Fortaleza. Parte das tropas já estão sendo utilizadas na segurança.
Atualmente, a Operação Mandacaru conta com:
- 2,5 mil soldados do Exército
- 150 agentes da Força Nacional
- 212 policiais rodoviários federais que foram deslocados de outros estados
- Policiais do Raio, Choque e Cotar