Os aliados ao Palácio da Abolição ganharam a queda de braço contra os oposicionistas liderados pelo ex-presidenciável Ciro Gomes e, principalmente, pelo ex-prefeito Roberto Cláudio e, agora, o PDT – mais do que nunca, é governo.

A legenda ficará ainda mais sintonizada com o Ministro da Educação, Camilo Santana, e com o Governador Elmano de Freitas.

As nuvens mostram, ainda, que os voos do PDT irão além do encerramento de um capítulo da novela surgida nas eleições de 2022 que deixou marcas de ressentimentos, mágoas e divisões internas! Nesse jogo, tem, sim, vencedores e derrotados.

O discurso de reunificação será mantido, mas longe de transformar ilusões de unidade em realidade. Nesse jogo, saem derrotados o prefeito José Sarto, o ex-prefeito Roberto Claudio e o presidente regional destituído André Figueiredo. André entra nessa lista, mas, talvez, tenha, no futuro, motivos para comemorar porque, ao entregar a taça a Cid Gomes, pode ter salvo alguns colégios eleitorais que o alimentarão o sonho da reeleição em 2026.

Queiram ou não, o senador Cid Gomes, com as bençãos de Camilo e Elmano, deu um nó, encurralou Sarto e Roberto Claudio, e passa a trabalhar para garantir, em 2026, que uma vaga ao Senado seja do PDT. Para si ou para um dos irmãos – Ciro ou Ivo.

RMF E INTERIOR

A máquina partidária do PDT, com presença nos 184 municípios do Ceará, continuará tendo força a caminho de 2026, mas, a partir de 2024, não na mesma proporção atual.

O PDT que saiu das urnas em 2020, com 66 prefeitos, nunca mais será o mesmo, mas, sob a liderança de Cid, terá espaços preservados porque Camilo e Elmano não irão criar constrangimentos para tirar pedetistas como estratégia para fortalecer o PT ou outras siglas aliadas ao Palácio da Abolição.

Agora, a convivência PDT-PT passa a ser menos agressiva e mais respeitosa. Essa é a ordem adotada e definida pelo novo comando estadual. A política e marcada por ganhos e perdas, altos e baixos. Sempre foi assim e, assim, continuará.