O líder do Governo Lula na Câmara, deputado José Nobre Guimarães, do PT, decidiu colocar o pé na estrada e deflagrou mais cedo a movimentação para conquistar, em 2026, uma das vagas ao Senado. Serão abertas duas vagas, hoje, ocupadas pelos senadores Eduardo Girão, do Novo, e Cid Gomes, do PDT.
Com trânsito livre no Palácio do Planalto e no Palácio da Abolição, Guimarães ocupa espaços, tenta capitalizar as ações do governo federal no Ceará, se reúne com líderes políticos municipais, prefeitos e vereadores, angariar simpatias para atrair apoios e articula a liberação de verbas para obras e projetos nas cidades cearenses.
O sonho de Guimarães se eleger senador é antigo, mas foi atropelado, em 2005, quando um assessor parlamentar (José Adalberto Vieira) foi preso, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com US$ 100 mil escondidos na cueca. O episódio ficou marcado como escândalo dos dólares na cueca.
PREJUÍZOS E RECUPERAÇÃO DE IMAGEM
Guimarães sofreu prejuízos políticos com o escândalo e perdeu a oportunidade de conquistar um mandato no Senado ou mesmo disputar o Governo do Estado. Quinze anos após a denúncia, a Justiça Federal considerou o petista inocente e o isentou de qualquer vínculo com o escândalo dos dólares na cueca.
Após os contratempos que o fizeram adiar os planos para mudar a trajetória política, mas sem deixar de lado o sonho de um mandato majoritário (governador ou senador), Guimarães tem agora as condições políticas favoráveis que podem leva-lo a ser candidato ao Senado em 2026.
Guimarães começou a fazer o dever de casa para ganhar visibilidade e chegar forte em 2026, mas sabe, que entre os aliados do Governador Elmano, as vagas ao Senado são cobiçadas, também, pela deputada federal Luizianne Lins, pelo deputado federal Eunício Oliveira e pelo ex-senador Chiquinho Feitosa (Republicanos).
Com o dinamismo da política, se, em 2026, o PT voltar a se coligar com o PDT, caberá aos pedetistas uma das vagas ao Senado. As alianças dependerão, também, dos resultados das eleições municipais de 2024, mas, simultânea ao calendário a ser construído, o dever de casa – como faz, nesse momento, o deputado Guimarães, precisa ser tirado do papel, com ações e presença frequente nos Municípios.
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