Em entrevista ao programa Roda Viva na noite dessa segunda-feira, 22, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, voltou a admitir a hipótese de petistas e aliados terem cometido crimes. Na entrevista, Haddad também reafirmou que não iria negar sua relação partidária quando foi questionado na possibilidade de ocorrência de crime. “Houve crime? Na minha opinião, provavelmente, sim”.

Definindo-se como constitucionalista, o candidato voltou a defender a conclusão dos processos. Ele disse acreditar que teve gente que usou de caixa 2 para enriquecer. “Certamente, teve pessoas que usaram o financiamento de caixa dois, financiamento ilegal de campanha, para enriquecer. São dois crimes: financiamento de caixa dois e o enriquecimento, que ainda é mais grave. Por isso, tem uma pena maior. Acredito que teve gente que se valeu disso para enriquecer. Só a favor de punição exemplar dessas pessoas.”

O petista admitiu erros na condução da política econômica do governo Dilma. Ele lembrou, porém, que o Congresso Nacional impediu a reorganização da economia às custas da chamada pauta bomba. Haddad relatou ter conversado, nessa segunda-feira, 22, com o senador tucano Tasso Jereissati (PSDB-CE). Segundo ele, Tasso repetiu que, mesmo apontando falhas de Dilma, considera um erro o PSDB ter apoiado a pauta bomba liderada pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Questionado, ao final do programa, se tem um ídolo na História do Brasil, Fernando Haddad hesitou e disse que seria difícil citar apenas um nome. Encorajado a falar mais de um, Haddad limitou-se, porém, a citar o ex-presidente Juscelino Kubitscheck. Ele não falou de Lula, embora tenha dito anteriormente que o petista foi o melhor presidente que o país já teve.

Com informações do Jornal Folha de São Paulo