Com previsão de déficit de R$ 7,5 bilhões na Prefeitura de São Paulo, João Doria critica o antecessor Fernando Haddad, afirmando que ele “superestimou receitas e subestimou despesas” para 2017. É o ataque mais duro feito por Doria a Haddad desde que o sucedeu.

O prefeito acha que Haddad “não agiu de forma deliberada”, mas diz que houve “gestão temerária”. “Não vou acusar o Fernando de ter provocado déficit diante da possibilidade de perder a eleição. Até porque acho que ele tinha expectativa de ganhar. Mas houve gestão temerária.”

Doria diz que o volume do problema o surpreendeu. “Ele dizia que as contas estavam ajustadas e equilibradas.”

Haddad contra-ataca: “Quando a expectativa de um gestor público se frustra, culpar o antecessor é um clássico. A gestão Fernando Haddad foi quem mais investiu na cidade nos últimos 30 anos, cerca de R$ 17 bilhões, além de ter renegociado a dívida com a União que era de R$ 72 bilhões e passou para R$ 29 bilhões.

Além disso, a gestão obteve o investment grade da agencia Fitch e deixou em caixa R$ 5,5 bilhões para fazer frente as despesas correntes da Prefeitura. Temerária foi a gestão atual ter congelado demagogicamente a tarifa de ônibus”.

Com informações O Estado de São Paulo