Oficializado, nessa terça-feira, 11, como candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad (PT) foi orientado a conter qualquer emoção, mas ainda assim teve que engolir o choro ao anunciar que substituiria Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida pelo Planalto.

O petista vai manter a presença virtual do padrinho na campanha. Quer todos os aliados do ex-presidente no PT ao seu lado. Dias antes de assumir o posto, Haddad dizia que, finalmente, sentia que a sigla estava unida. “Estamos como um exército, alinhados, batendo a espada no escudo e esperando a hora de entrar em campo”, afirmou.

Aliados de Haddad dizem que o ex-prefeito de São Paulo está disposto a citar o nome de Lula a cada segundo que puder. A direção do PT vai dedicar os próximos dias a adaptar a agenda do novo candidato para otimizar sua exposição ao eleitorado lulista.

O PT vai tentar marcar uma diferença entre a indicação de Haddad e a da ex-presidente Dilma, que foi afastada do governo sob forte desaprovação. A ideia é dizer ao eleitor que Haddad não é o sucessor de Lula, mas seu substituto, e que todo e qualquer movimento dele tem aval do ex-presidente.

A atual coordenação da campanha presidencial deve colocar seus cargos à disposição de Haddad para que ele faça as mudanças que achar necessárias. O tesoureiro do PT, Emídio de Souza, deve ser incorporado ao grupo.

A expectativa, no entanto, é que o agora candidato do PT mantenha os atuais coordenadores: o ex-presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, os ex-ministros Ricardo Berzoini, Luiz Dulci e Gilberto Carvalho, e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.

A cúpula do partido comemorou o resultado alcançado por Haddad no Datafolha. Avalia que, agora, com a presença dele em debates, sabatinas e entrevistas, a transferência dos votos tende a aumentar.

Com informações do Jornal Folha de São Paulo