FORTALEZA, 12.09.2018 TASSO JEREISSATI / EXCLUSIVO POLITICA Entrevista com o Senador Tasso Jereissati (PSDB CE ) em seu escritorio em Fortaleza, Ceara. FOTO JARBAS OLIVEIRA / ESTADAO

Ex-presidente nacional do PSDB, o senador Tasso Jereissati rebateu, nesse sábado, 15, o uso de suas declarações críticas ao próprio PSDB pelo candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT) durante o Jornal Nacional, na última sexta-feira, 14. “Haddad usou uma reflexão honesta para fazer proselitismo político”, disse Tasso.

Em entrevista concedida ao Jornal O Estado de São Paulo, publicada na última quinta-feira, 13, Tasso avaliou a trajetória do PSDB nos últimos anos. “O partido cometeu um conjunto de erros memoráveis. O primeiro foi questionar o resultado eleitoral. O segundo erro foi votar contra princípios básicos nossos, sobretudo na economia, só para ser contra o PT. Mas o grande erro, e boa parte do PSDB se opôs a isso, foi entrar no governo Temer”, disse.

Durante o Jornal Nacional da última sexta-feira, Haddad citou a entrevista de Tasso para defender o governo da presidente cassada Dilma Rousseff (PT) e dizer que ela foi impedida pelo MDB e pelo PSDB de fazer os ajustes necessários no início de seu segundo mandato. “As pautas-bomba e a sabotagem que ela sofreu, reconhecidas pelo presidente do PSDB, tiveram mais influência na crise do que os eventuais erros cometidos antes de 2014”, justificou Haddad.

Tasso acusou Haddad de “usar uma reflexão honesta para fazer proselitismo político”. “É lamentável que um candidato à Presidência da República não tenha capacidade de olhar os erros da política no Brasil para projetar o futuro”, disse. Tasso também afirmou que o uso político de suas críticas pelo petista “apequena a corrida presidencial”.

Nesse sábado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também fez referência, em sua conta do Twitter, à entrevista de Tasso ao Estado. “O senador Tasso está certo: o ciclo partidário-eleitoral se exauriu. Não há outro ainda. Alckmin poderá levar o país a um novo consenso. Fiéis à democracia e aos nossos compromissos votemos nele para a reconstrução social e econômica do Brasil.”

Com informações do Jornal O Estado do São Paulo