O deputado federal Heitor Freie (PSL) entra na corrida pela Prefeitura de Fortaleza sem esperar apoio do presidente Jair Bolsonaro, mas vai levar à campanha as ações do Governo Federal que ajudou a construir em Brasília. Todas as bandeiras da direita conservadora e os projetos que receberam o seu apoio como, por exemplo, o auxílio emergencial, entrarão no seu discurso de campanha.

Heitor trabalha na certeza de que herdará o recall da sigla que levou o capitão Bolsonaro à Presidência da República em 2018 com quem subiu à rampa do Palácio do Planalto. Heitor enfrentou divergências internas na relação com o Governo Federal e acompanhou o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, no rompimento com o Governo Federal, mas tem afinidade com o vice-presidente Mourão, que comanda o PRTB.

IDA E VOLTA COM PSL

Passado quase um ano da tempestade política e da saída de Bolsonaro do PSL para fundar o Aliança pelo Brasil, o presidente constrói um caminho de volta ao antigo partido, mas essa reconstrução, segundo Heitor, não o permite usar a imagem de Bolsonaro no seu palanque. Os planos do Aliança naufragaram e o grupo bolsonarista se reaproximou do PSL.

‘’Serei um candidato independente, me mantenho fiel às bandeiras da campanha de 2018 e vou levá-las para o palanque’’, disse Heitor Freire, ao afirmar que a reaproximação de Bolsonaro é um exemplo da manutenção, pelo PSL, dos princípios da direita conservadora e dos projetos defendidos na campanha que estão sendo implantados pelo Governo Federal.

PSL X PRTB

A candidatura à Prefeitura de Fortaleza, segundo Heitor Freire, é um caminho sem volta. ‘’Sou pré-candidato e vamos à convenção para formar a aliança com o PRTB, que indicará uma mulher como candidata a vice-prefeita, e teremos o vice-presidente da República na nossa campanha’’, expôs Heitor, que terá um dos maiores tempos de exposição no rádio e na televisão entre os candidatos à Prefeitura de Fortaleza.

10 MINUTOS NO RÁDIO E NA TV

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não oficializou a divisão do tempo que caberá a cada partido ou coligação nas eleições municipais de 2020 na propaganda do rádio e da televisão, mas pelos cálculos iniciais o PSL ficará com 8 minutos para levar ao ar, diariamente, a mensagem dos candidatos a prefeito e a vereador.

O tempo será dividido em dois blocos iguais e os partidos e coligações ainda terão uma boa quantidade de inserções distribuídas ao longo da programação das emissoras de rádio e televisão. Quanto ao PRTB, como o partido recebeu menos de 1,5% dos votos válidos em, pelo menos, 9 estados, nas eleições de 2018 à Câmara Federal, a sigla não tem direito à propaganda pelo rádio e pela televisão, nem aos recursos do fundo partidário.

RÁDIO E TELEVISÃO


O TSE fará, somente após oficializadas as candidaturas, a divisão do tempo de propaganda no rádio e na televisão.

A propaganda, para o primeiro turno, começa no dia 9 de outubro e se estenderá ao dia 12 de novembro será apresentada em horários diferentes: no rádio, das 7h (sete horas) às 7h10 (sete horas e dez minutos) e das 12h (doze horas) às 12h10 (doze horas e dez minutos), e, na TV, das 13h (treze horas) às 13h10 (treze horas e dez minutos) e das 20h30 (vinte horas e trinta minutos) às 20h40 (vinte horas e quarenta minutos).