Após suportar 17 anos de sintomas graves e incomuns, um homem, de 72 anos, recebeu um diagnóstico preciso que mudou completamente sua qualidade de vida.

Vivendo na Suíça, ele foi diagnosticado com filariose linfática, mais conhecida como elefantíase, segundo a publicação da The New England Journal of Medicine

Quais sintomas o homem estava enfrentando?

O paciente, que viveu grande parte de sua vida com um inchaço na perna esquerda, bolsa escrotal e pênis, enfrentou sérios desafios em seu cotidiano.

O inchaço dava ao seu pênis a aparência de estar ereto permanentemente, causando não somente desconforto físico, mas também psicológico e social.

Qual foi o diagnóstico recebido pelo paciente?

Após finalmente buscar ajuda médica, uma equipe do University Hospital Basel, na Suíça, conseguiu identificar a causa desses sintomas através de uma ressonância magnética da pelve e de testes de anticorpos.

Os exames detalhados revelaram uma infestação de vermes microscópicos nos tecidos inchados do paciente, levando ao diagnóstico de filariose linfática.

Os médicos, então, prescreveram medicamentos parasitários. Dois meses após o término do tratamento, os sintomas do paciente acabaram completamente resolvidos.

A investigação médica revelou que o paciente tinha passado um tempo significativo no Zimbábue, vinte anos antes de seu diagnóstico. Isso levantou a possibilidade de que ele tivesse contraído a doença enquanto estava no país, conhecido por ter casos de filariose devido à presença do mosquito transmissor.

O que é filariose linfática?

O Ministério da Saúde esclarece que a causa dessa condição é o verme nematoide Wuchereria Bancrofti, transmitido pela picada do mosquito Culex quinquefasciatus, popularmente conhecido como pernilongo.

Os sintomas mais comuns incluem o acúmulo anormal de líquido nos membros inferiores, seios e bolsa escrotal, formando grandes edemas.

Apesar de estar em fase de eliminação, a filariose ainda mostra-se presente em áreas endêmicas específicas do Brasil, principalmente nas regiões metropolitanas de Recife, com o último caso confirmado em 2017.

A história do paciente serve como um lembrete crítico sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado de condições tropicais negligenciadas, particularmente em indivíduos que viveram ou viajaram para regiões endêmicas. 

(*)com informações da Catraca Livre