Um homem de 59 anos, cujo nome não foi revelado, sofreu uma ruptura de artéria após se masturbar. O paciente disse a equipe médica que sentiu rigidez no maxilar e formigamento nas mãos após sua sessão solo de prazer.
Os médicos ficaram perplexos com seus sintomas, a princípio temendo que ele tivesse um caso grave de sepse, mas uma bateria de testes revelou que ele havia de fato sofrido uma ruptura na aorta, a maior artéria do corpo que transporta sangue do coração para o corpo.
Isso resultou em regurgitação aórtica grave, uma emergência médica em que o sangue flui de volta para o coração. Os médicos afirmaram que o homem teve o que chamam de “dissecção aórtica” que pode ser fatal se não for identificada e tratada.
Pessoas que sofrem dessa emergência de saúde geralmente sentem uma dor aguda e dilacerante no peito ou na parte superior das costas, além de falta de ar, suor intenso, confusão e dor de estômago intensa, afirma a Cleveland Clinic.
Entretanto, o homem diz que não sentiu dores no peito, falta de ar, perda de consciência ou náusea. Apenas 6,4% dos pacientes com dissecção aórtica não sentem dor no peito, escreveram médicos do Departamento de Medicina de Emergência do Hospital Mount Sinai, em Nova York, que supervisionaram o caso do paciente.
O homem de 59 anos tinha histórico médico de pressão alta, o que coloca pressão extra no coração, nos vasos sanguíneos e em outros órgãos, além de aumentar o risco de doenças cardíacas, ataques cardíacos e derrames.
Ele também tinha uma forma rara de pancreatite crônica, inflamação do pâncreas causada pelo ataque do sistema imunológico ao órgão, bem como insuficiência renal crônica, uma condição de longo prazo em que os rins não funcionam tão bem quanto deveriam.
O homem passou por uma cirurgia para substituição de enxerto aórtico, que envolve a substituição de uma seção danificada da aorta e da válvula aórtica por um tubo. Ainda não está claro por que ele sofreu uma ruptura na aorta após a masturbação, embora os médicos tenham dito que sua pancreatite crônica parece ser um “fator de risco importante”.
“Este caso reforça que a dissecção aórtica pode estar presente sem dor, incluindo a apresentação clássica de dor torácica dilacerante ou dor nas costas”, escreveram os médicos que finalizaram dizendo que o paciente está bem.
(*)com informação do Jornal Extra