Homens que criam filhos sozinhos poderá ser um dos critérios que o governo usará para definir a idade mínima de aposentadoria na reforma da Previdência que será encaminhada ao Congresso. De acordo com técnicos
que participam das discussões, os homens que criam filhos sozinhos e mulheres teriam uma idade menor que os demais trabalhadores para requerer o benefício. O limite seriam três filhos. Outra possibilidade seria calibrar o valor do benefício. Ele seria maior para pais e mães.
Segundo os técnicos, se a idade mínima ficar em 65 anos, como quer o ministro da Economia, Paulo Guedes, uma mulher com um filho, por exemplo, poderia se aposentar um ano na frente das demais, com 64 anos. A ideia é defendida pela ala política. Outra solução seria conceder a essa mulher um ano a mais de contribuição.
Assim, de acordo com o Jornal O Globo, se ela contribuir durante 30 anos, por exemplo, ganharia um ano a mais na contagem e isso se reverteria em um aumento de 2% no valor do benefício. Segundo os defensores da proposta, essa seria a forma correta de compensar um trabalhador que produz menos para se dedicar à família.
A ideia de incluir homens na sistemática estaria de acordo com o princípio da licença paternidade. Essas medidas também teriam o objetivo de humanizar a reforma para facilitar sua aprovação no Congresso. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, ainda terá que dar a palavra final para que isso vá adiante.