pesar de não aderir ao horário de verão, a população do Ceará deve ficar atenta às mudanças de horário de serviços que seguem o horário de Brasília. O horário de verão no Brasil, que começa neste domingo (15), vai até 18 de fevereiro de 2018. À meia-noite de sábado (14), os moradores de 10 estados e do Distrito Federal devem adiantar o relógio em uma hora.
Pela legislação, o horário de verão irá vigorar nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, nos estados do Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo, além do Distrito Federal.
Entre os objetivos está a redução da demanda durante o horário de pico, que vai normalmente das 18h às 21h. Com o horário de verão, a iluminação pública, por exemplo, é acionada mais tarde, deixando de coincidir com o horário de consumo da indústria e do comércio. Com isso, o horário no leste do Amazonas e nos estados de Roraima e Rondônia fica duas horas atrasado em relação ao de Brasília, enquanto oeste do Amazonas e Acre ficam três horas atrás.
O que muda no Ceará
Nas agências dos Correios do Ceará, não haverá mudança no horário de funcionamento, mas quem deseja enviar um Sedex ou serviços por meio aéreo e queira que a correspondência seja enviada no mesmo dia, deverá fazer o envio até as 15h. Segundo os Correios, o horário pode variar entre as agências.
Os bancos também não alteram horário de funcionamento. Serviços ocorrem em horário normal, das 10h às 16h. As transações bancárias eletrônicas, no entanto, são encerradas uma hora mais cedo.
Candidatos inscritos em concursos públicos federais também devem ficar atentos e seguir o horário brasileiro de verão. Os inscritos no Enem no Ceará devem lembrar que o exame começa uma hora mais cedo, em relação ao horário que aparece no cartão, já que o exame segue o horário de Brasília.
Em relação aos voos, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) alerta aos passageiros que o horário de chegada do voo nos bilhetes é relativo ao horário local da cidade de destino.
Redução do consumo
Segundo o governo, nos últimos onze anos, a medida tem possibilitado uma redução média de 4,5% na demanda por energia no horário de maior consumo e uma economia absoluta de 0,5%. Isso equivale, em todo o horário de verão, ao consumo mensal aproximado de energia em Brasília, com 2,8 milhões de habitantes.
O governo explica que o horário de verão possibilita a ampliação do período de maior consumo, reduzindo o volume de carga de energia nas linhas de transmissão, nas subestações e nos sistemas de distribuição num mesmo momento, o que reduz os riscos de apagões.
A medida foi utilizada pela primeira vez em 1931 e depois em outros anos, sem regularidade. Em 2008, ganhou caráter permanente e passou a vigorar do terceiro domingo de outubro até o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.
Segundo as pesquisas, o horário de verão pode afetar o tempo de prática de atividades físicas, no número de acidentes de carro e até no período em que funcionários passam navegando na internet de forma improdutiva durante o expediente.
Fim do horário?
O governo federal chegou a avaliar o fim do horário de verão neste ano, depois que um estudo do Ministério de Minas e Energia indicou que o programa vem perdendo efetividade.
A análise mostrou que a intensidade de consumo de energia elétrica estava mais ligada à temperatura do que ao horário, com picos nas horas mais quentes do dia.
Porém, o Brasil enfrenta um período de estiagem, com hidrelétricas com níveis de água reduzidos, o que vem obrigando o governo a ligar as termelétricas (de operação mais cara) e até mesmo a importar energia de outros países.
Nesse cenário, qualquer economia de eletricidade é bem-vinda. Por isso, o governo decidiu manter o horário de verão em 2017. Para 2018, o assunto ainda será analisado.
Crédito do G1