O bloqueio de 30% no orçamento da Universidade Federal do Ceará (UFC), conforme determinação do governo federal, representa uma perda de mais de R$ 45 milhões aos cofres da instituição. Além de dificultar o pagamento de despesas e interferir em novos investimentos, o percentual retido pode impactar no funcionamento do Hospital Universitário Walter Cantídio e na Maternidade Escola Assis Chateaubriand.

A informação é do reitor Henry Campos. Sem dimensionar os prejuízos da medida anunciada pelo Ministério da Educação (MEC) no último dia 30 de abril, ele confirma a possibilidade dos dois hospitais universitários ligados à UFC terem dinâmica alterada.

“Poder, pode, porque eles também se beneficiam de atividades de ensino e de pesquisa”, pondera o reitor, explicando ainda que, embora as unidades não recebam verba do MEC para funcionar, a falta de recurso suficiente impossibilita a execução de atividades de extensão dos estudantes.

Eu não quero nem imaginar, porque isso não seria uma coisa drasticamente imediata, mas seria progressivamente e isso teria um peso nas atividades do hospital e da maternidade, influenciando até numa redução da qualidade do serviço prestado, considera.