Na semana em que completa um ano da seleção para o Projeto Lean nas Emergências, como primeira unidade exclusivamente obstétrica a participar, o Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), do Governo do Ceará, apresenta os resultados alcançados. O HGCC é destaque do Ciclo 2, no Workshop Lean nas Emergências. O evento, realizado no Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, será na quinta-feira, 10, a partir das 8h30.

A principal mudança que ocorreu no HGCC, após ingressar no Lean, foi a otimização de todos os processos e protocolos utilizados na emergência. Isso permitiu que, em 10 meses, os atendimentos passassem de 1.700, em novembro de 2018, para 2.012, em agosto de 2019. “Já começamos a ter resultados satisfatórios no terceiro mês”, lembra a gerente do projeto, Thaís Gomes Falcão.

Em São Paulo, o HGCC apresentará os avanços que teve em quase um ano de projeto. Os números mostram que a mudança de cultura, atitudes e redefinições de processos podem contribuir continuamente para melhorias e agilidade no atendimento. Para o sucesso do projeto, conta a gerente, houve uma mudança de cultura.

Indicadores

O principal iniciador do projeto é o NEDOCS (sigla em inglês para Escala de Superlotação do Departamento Nacional de Emergência), que calcula a saturação/superlotação nos serviços de urgências. Quando o projeto iniciou no HGCC, em novembro de 2018, esse indicador era de 423 pontos. Em setembro desse ano, o Hospital reduziu para 210 pontos.

Outra redução expressiva está relacionada ao tempo de permanência na Clínica Obstétrica, que foi de 50%. Na implantação do Lean, o tempo era de 4.7 dias e, em agosto de 2019, foi de 2.5 dias. Da mesma forma, obteve-se redução de 50% no tempo de passagem, que é o tempo que a paciente leva da entrada na emergência até chegar à enfermaria. Começou com 2.581 minutos, tendo chegado a 3.554, em janeiro de 2019, e fechou setembro desse ano com 1.906 minutos.

A agilidade no atendimento às pacientes sem indicação de internação também demonstrou melhoria. Era de 176 minutos, em novembro de 2018, e atualmente está em 146 minutos. São 30 minutos a menos em atendimento. Ressalta-se que todos os procedimentos adotados estão de acordo com o Ministério da Saúde, levando em consideração a segurança do paciente e o atendimento eficaz.