Os sonhos estão interrompidos e, aos 22 anos de idade, Glória Maria Sales de Oliveira, filha do meu irmão Luzeilton de Oliveira com a minha cunhada Oralnir Sales, nos deixou, nessa segunda-feira (26 de junho), para atender a um chamado de Deus.

O corpo da menina Glória, que aproveitou a infância com sonhos e realização de melhor aluna na sala de aula, será sepultado, nesta terça-feira (27), em meio a lágrimas e à comoção de familiares e amigos que a acompanharam ao longo de 11 anos na luta contra uma doença que surgiu na pré-adolescência.

Glória veio à óbito em casa, cercada pelo pai, pela mãe, pelos inseparáveis irmãos Luzeilton Júnior e Gabriel. Eram 12h40 quando o médico Victor Falcão Macedo que a assistia constatou o falecimento e, na certidão de óbito, escreveu: ‘’neoplasia maligna do encéfalo’’.

Os primeiros sinais da doença surgiram quando a Glória começou a perder força nas pernas e, ao caminhar, se desequilibrava. Os pais não imaginavam que naquele momento a trajetória de vida da filha estivesse sendo redesenhada.

Uma bateria de exames constatou a presença de um tumor na cabeça, sendo exigida, de imediato, a primeira intervenção cirúrgica.

Após a cirurgia bem-sucedida, veio o tratamento e acompanhamento, com frequentes idas ao consultório médico, para monitorar a doença. Ao longo de 11 anos, foram, ao todo, quatro cirurgias e, a cada passagem pelo hospital, a esperança renovada de cura.

O último exame, porém, realizado no mês de abril de 2023, mudava os caminhos da história de vida dessa brava lutadora. Os médicos, reunidos com o avô Oracir, com o pai Luzeilton e com o sobrinho Luzeilton Júnior, disseram que tudo que estava ao alcance da medicina fora feito. Agora, estava entregue nas mãos de Deus.

Glória, a nossa Glorinha, ficou em casa e, nos últimos 40 dias, foi aos poucos perdendo força e, nessa segunda-feira, dia 26 de junho, Deus a convidou para uma jornada celestial. Glória, Deus disse a você, aos seus pais, irmãos, familiares e amigos, que a sua missão aqui terminou, mas que outra missão a espera.

Ao meu irmão Luzeilton, à minha cunhada Oralnir, aos meus sobrinhos Júnior e Gabriel, ao avô Oracir, lutador, sensível, solidário, o meu abraço fraterno, um abraço de quem sente a dor pela partida precoce da Glorinha. Nessa jornada, poupamos, dessa triste notícia, a avó, Antônia (foto), que, aos 97 anos, continuará rezando pela neta.

Resta-nos o conforto de Deus e os agradecimentos a quem, no silêncio, nas palavras ou no abraço caloroso, nos traz afeto e solidariedade.