O desemprego cresceu 27,6% no Brasil desde o início da pandemia de covid-19. Dados divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 2,8 milhões de pessoas entraram na fila do desemprego entre maio e agosto. Por isso, a taxa de desocupação já é de 13,6% no país.

Segundo a Pnad Covid, pesquisa do IBGE que mede o impacto da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho brasileiro, havia 10,1 milhões de pessoas sem emprego no país em maio. No fim de agosto, esse contingente já era de 12,9 milhões de desempregados. Por isso, a taxa de desocupação saltou de 10,7% para 13,6% no período.

O desemprego vem avançando de forma cada vez mais intensa nas últimas semanas, pois a flexibilização do isolamento social tem levado muitos brasileiros a retomar a busca por um novo trabalho. Na última semana de agosto, por exemplo, o IBGE chegou a constatar uma taxa de desemprego ainda maior que a média do mês. Na ocasião, foram contabilizados 13,7 milhões de desempregados, o que levou para 14,3% a taxa de desocupação, um recorde na série histórica da Pnad Covid.

Ainda de acordo com o IBGE, o desemprego é sentido com mais força pelas mulheres (16,2%), pelas pessoas de cor preta ou parda (15,4%) e pelos jovens de 14 a 29 anos de idade (23,3%). Já em termos regionais, as maiores taxas de desemprego são as do Norte e do Nordeste: 15,7% e 14,2%, respectivamente.

O Norte e o Nordeste, por sinal, também despontam como as regiões com as menores taxas de home office e com os maiores percentuais de recebimento dos auxílios emergenciais criados pelo governo na pandemia de covid-19 — o auxílio emergencial e o benefício emergencial de preservação do emprego e da renda.

Segundo o IBGE, 43,9% dos domicílios brasileiros receberam algum desses benefícios em agosto, com um valor médio de R$ 901. No Norte, contudo, o volume de domicílios amparados pelos auxílios emergenciais chega a 60%. E, no Nordeste, a 59,1%.

(*)com informação do Correio Braziliense