A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas esperada para 2021 é de 709.914 toneladas, decrescendo 7,12%, em relação ao mês anterior (764.325 t) e 10,64%, comparando-se à safra de grãos efetivamente obtida em 2020 (794.480 t). A estimativa foi maior, porém, 45,29%, em relação ao primeiro prognóstico efetuado em janeiro/2021 (488.623 t).

Dos 21 produtos, comparando-se ao mês anterior, 5 apresentaram aumento na expectativa de produção e 8 produtos que apresentaram redução na expectativa de produção.

Os produtos com maior aumento foram o arroz de sequeiro (10,52%), arroz irrigado 2ª safra (2,57%), feijão-de-corda 2ª safra irrigado (0,06%) e amendoim (3,37%).

O arroz de sequeiro apresentou crescimento da produção em razão do incremento na área e no rendimento. A área cresceu, pois produtores esperavam por melhores chuvas em Milagres, Juazeiro do Norte e Baturité, o que não ocorreu nestes municípios, pois os rendimentos foram afetados. Todavia, em Crato, Cariré, Farias Brito, Graça, Palmácia, Várzea Alegre e Cariús as chuvas ocorridas propiciaram um rendimento maior que a média dos últimos 11 anos.

Os produtos que apresentaram redução na expectativa de produção foram a fava, feijão de arranca 1ª safra, feijão-de-corda 1ª safra sequeiro, milho grão sequeiro 1ª safra, sorgo granífero, algodão herbáceo sequeiro e os destaques ficaram no milho semente irrigado 2ª safra (-15,15%) e mamona (-20,45%).

Acerca do milho semente irrigado 2ª Safra, a expectativa é de redução da produção em razão da diminuição da área e da expectativa de rendimento. Em Morada Nova, este produto não será plantado este ano, em virtude da situação hídrica desfavorável. Em
Quixeré, o ataque da cigarrinha e lagarta do cartucho vem prejudicando este cultivo.

Sobre a mamona, o decréscimo da expectativa da produção ocorreu devido à redução da área em Santa Quitéria, que decresce ano a ano, com o fim do incentivo governamental.

Produção esperada de frutas frescas cresce 0,05% em julho, no comparativo ao mês anterior

A produção esperada cresceu para 1.044.448 toneladas, correspondendo a um crescimento de 0,05%, em relação ao mês anterior (1.043.897 t) e de 4,31%, comparando-se à safra de frutas frescas efetivamente obtida em 2020 (1.091.456 t). Porém, apresentou aumento de 5,42%, em relação ao primeiro prognóstico (990.741 t).

Apresentaram aumento na expectativa de produção: acerola irrigada (3,67%), cacau, caju (mesa) (0,04%), goiaba de sequeiro (0,07%), goiaba irrigada (7,56%) e mamão irrigado (0,10%).

A goiaba irrigada teve elevação da expectativa de produção devido ao crescimento da expectativa de rendimento. Em Russas e Limoeiro do Norte, tendo em vista a situação hídrica, espera-se um rendimento melhor que a média dos últimos 5 anos.

Apresentaram redução na expectativa de produção: acerola de sequeiro (-7,27%), ata de sequeiro (pinha) (-1,01%), melancia de sequeiro (-23,22%) e melão de sequeiro (-3,51%).

Em relação à melancia de sequeiro, houve redução da produção, em virtude da diminuição da área. Em Boa Viagem, Santa Quitéria e Santana do Acaraú não houve chuva suficiente no início do plantio, de modo que agricultores plantaram uma área menor. Em Caridade, alguns agricultores substituíram a melancia pelo milho.

Frutos secos

Apenas a castanha-de-caju (anão) apresentou elevação na expectativa de produção, pois não houve impacto no rendimento estadual. Em Senador Sá há o cajueiro gigante e anão precoce, mas, há expectativa apenas do cajueiro anão precoce apresentar uma safra normal. Nos meses posteriores, a situação do cajueiro gigante ficará mais definida.

Como resultado, a expectativa de produção cresceu para 68.651 toneladas,  representando aumento de 0,01%, comparando-se ao mês anterior (68.646 t) e de 15,14%, em relação à primeira expectativa (59.626 t). Comparando-se à safra 2020 (85.177 t), a redução foi de 19,40%.

(*)com informação do IBGE