A expectativa de vida dos cearenses aumentou, de 74,3 anos em 2018, para 74,5 anos em 2019, para o total da população do estado. Em dez anos, já são 2,1 anos a mais que se espera que a população viva. Os dados são das Tábuas Completas de Mortalidade, divulgadas hoje pelo IBGE.
Para as mulheres cearenses, espera-se maior longevidade: 78,5 anos. Já a expectativa de vida ao nascer para os homens ficou em 70,5 anos em 2019. Mas essa diferença, chamada de “sobremortalidade masculina”, é mais acentuada conforme a faixa etária. Nacionalmente, um homem de 20 a 24 anos tinha, em 2019, 4,6 vezes menos chances de chegar aos 25 anos do que uma mulher.
Esse fenômeno demográfico pode ser explicado por causas externas, não naturais, que atingem com maior intensidade a população jovem masculina. Em 1940, não havia essa discrepância evidente entre os sexos nos grupos mais jovens. A partir de meados da década de 80 as mortes associadas às causas externas passaram a desempenhar um papel de destaque. É um fenômeno proveniente da urbanização e inclui homicídios, suicídios, acidentes de trânsito e quedas acidentais, entre outros.
Para ambos os sexos a maior esperança de vida ao nascer foi observada em Santa Catarina: 79,9 anos. Outros estados com valores elevados, acima dos 78 anos, são o Espírito Santo, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. No outro extremo, está o Maranhão, com a expectativa em 71,4 anos, e o Piauí, em 71,6 anos. Ou seja, uma criança nascida no Maranhão, conforme a taxa de mortalidade observada em 2019, esperaria viver em média 8,5 anos a menos que uma criança nascida em Santa Catarina.
(*)com informação da A.I