A produção industrial em dezembro do ano passado cresceu 2,3% em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados na manhã de hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE).
O aumento, no entanto, não foi suficiente para reverter o resultado final de 2016, que fechou em queda de 6,6% nem para melhorar as expectativas para 2017, por causa da manutenção do cenário econômico ainda desfavorável.
“Quando se observam os fatores que levaram à queda da produção em 2016, percebe-se que os mesmos fatores ainda permanecem presentes na economia”, disse o gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (IBGE), André Macedo, ao comentar os dados. Entre esses fatores, segundo ele, estão a queda da renda real, a retração do mercado doméstico e do mercado de trabalho.
“Então, mesmo com a recuperação de dezembro, ainda está longe de se poder afirmar que esteja havendo uma reversão de tendência. Claro que houve uma melhora de ritmo na produção industrial nestes dois últimos meses do ano, mas, ainda assim, longe de recuperar as perdas do passado ou o começo de uma trajetória ascendente da produção”, acrescentou o gerente do IBGE.
De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil, o resultado positivo de dezembro foi influenciado por setores de bens de consumo duráveis, que registrou crescimento de 6,5%; e bens de consumo semi e não duráveis, com crescimento de 4,1%.