O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, aqui na Região Metropolitana de Fortaleza, ficou em 0,95% em fevereiro, após registrar 0,97% em janeiro. Esse é o maior resultado entre os locais investigados pelo IBGE; no país o IPCA-15 apontou variação de 0,48% em fevereiro deste ano. Em 12 meses, o IPCA-15 da RM de Fortaleza acumula alta de 6,40%, acima dos 5,91% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2020, esse indicador na RM de Fortaleza, havia sido de 0,48%. Os dados foram divulgados hoje (24) pelo IBGE.
Com alta de 0,81%, os Transportes aceleraram em relação ao resultado de janeiro (0,74%), com impacto de 0,15 ponto percentual, puxado pela alta dos preços da gasolina (2,62%). O maior impacto individual no índice do mês (0,46 p.p.) veio do grupo Educação, cujos preços subiram 7,44%. O grupo Artigos de residência (1,03%), apontou a maior variação entre os nove grupos pesquisados, nesse grupo houve destaque para o aumento nos preços da taxa de água e esgoto (6,12%) e gás de botijão 3,29%, no grupo Alimentação e bebidas com variação de 0,80%, o destaque ficou para alimentação no domicílio (0,75%).
A pressão negativa veio do Vestuário (-0,36%), que havia apresentado alta de 1,91% no mês anterior. A queda é devido à redução verificada pela pesquisa nos preços de joias e bijuterias (-1,40%) e calçados e acessórios (-1,14%). Outro impacto negativo vem do grupo Comunicação (-0,13%), onde a queda no preço do aparelho telefônico foi o destaque (-0,50%.
O gráfico mostra a evolução do indicador para o Brasil e Região Metropolitana de Fortaleza – março/2020 a fevereiro/2021.
Na comparação com as demais localidades contempladas pela pesquisa, a Região Metropolitana de Fortaleza registrou o maior índice (0,95%), seguida por Curitiba (0,71%) e Salvador (0,67%). Goiana (-0,03%) divergiu das demais regiões, pois foi a única a apontar variação negativa. Na capital goiana, o índice foi impactado principalmente pela queda na energia elétrica (-4,88%).Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de janeiro a 11 de fevereiro de 2021 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de dezembro de 2020 a 14 de janeiro de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
(*)com informação do IBGE