Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira, 21, que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-5), prévia da inflação oficial do País, acelerou de 0,14% em maio para 1,11%.
De acordo com o IBGE, a alta foi puxada pelo aumento nos preços de alimentos, da energia elétrica e dos combustíveis. O instituto já previa que haveria alta no indicador deste mês como resultado da greve dos caminhoneiros, que paralisou o país nos últimos dez dias de maio.
Com a aceleração do índice em junho, o acumulado no ano ficou em 2,35%, acima do registrado em junho do ano passado, quando era de 1,62%. O acumulado nos últimos 12 meses foi 3,68%, acima dos 2,70% registrados nos 12 meses anteriores.
Dentre os nove grupos de consumo pesquisados pelo IBGE, três tiveram maior impacto no índice de junho. Foram eles os grupos de Alimentação e bebidas (1,57%), Habitação (1,74%) e Transportes (1,95%). Juntos, os três grupos corresponderam a 91% do índice do mês, segundo o IBGE.
Veja as variações dos grupos pesquisados:
– Alimentação e Bebidas: 1,57%
– Habitação: 1,74%
– Transportes: 1,95%
– Artigos de Residência: 0,38%
– Vestuário: -0,08%
– Saúde e Cuidados Pessoais: 0,55%
– Despesas Pessoais: 0,22%
– Educação: 0,01%
– Comunicação: 0,02%
Comer em casa ficou ainda mais caro
A alta de 1,57% nos preços do grupo dos Alimentos aconteceu depois de ter caído 0,05% em maio. A alimentação no domicílio foi a que mais impulsionou o aumento, segundo o IBGE. De 0,09% registrado em maio, acelerou para 2,31% em junho.
Dentre os itens alimentícios com maiores altas nos preços, o IBGE destacou a batata-inglesa (45,12%), cebola (19,95%), tomate (14,15%), leite longa vida (5,59%), carnes (2,35%) e frutas (2,03%).
A alimentação fora de casa (0,29%) também mostrou aceleração no nível de preços ante a queda de 0,28% registrada em maio.
Custo da energia
A energia elétrica foi o item que mais impactou a alta do grupo de Habitação. Com alta de 5,44% na média nacional, a conta de luz representou o segundo maior impacto individual no IPCA-15 de junho.
Segundo o IBGE, além da vigência, a partir de 1º de junho, da bandeira tarifária vermelha patamar 2, adicionando a cobrança de R$0,05 a cada kwh consumido, foram aplicados reajustes nas tarifas de cinco regiões metropolitanas:
– Belo Horizonte (11,14%) – reajuste de 18,53% a partir de 28 de maio
– Recife (8,18%) – reajuste de 8,47% a partir de 29 de abril
– Salvador (8,77%) – reajuste de 16,95% a partir de 22 de abril
– Fortaleza (4,18%) – reajuste de 3,80% a partir de 22 de abril
– Porto Alegre (3,70%) – reajuste de 9,85% a partir de 19 de abril
No grupo dos Transportes, os preços dos combustíveis, que haviam caído 0,17% em maio, tiveram alta de 5,94%. O destaque foi a gasolina, que acelerou de 0,81% em maio para 6,98% em junho) e representou 28% do IPCA-15 de junho. O etanol acelerou em junho (2,36%), após a deflação (-5,17%) registrada em maio. O óleo diesel subiu 3,06%, após a alta de 3,95% de maio.
Ainda no grupo de transportes, as passagens aéreas tiveram queda de 2,12% em junho – menos intensa que a registrada em maio, que foi de -14,94%.
Com informações G1